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CPI DA PANDEMIA

AO VIVO: Depois de fugir, Carlos Wizard fala hoje (30.jun.2021) na CPI do Senado

Empresário já foi citado como conselheiro do gabinete paralelo por outros investigados, como Pazuello, Yamaguchi e Elcio Franco

Wizard só retornou ao Brasil após senadores apontarem que seria necessário acionar a Interpol para localizar o empresário - (Sforza/Divulgação)

Quem senta na cadeira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na manhã desta 4ª feira (30.jun.2021), é o empresário Carlos Wizard Martins, que é apontado como integrante do chamado "gabinete paralelo" que aconselhava Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, segundo informações da Agência Senado,. 

Carlos é fundador da Wizard - maior rede de ensino de idiomas - que foi vendida (por 2 bilhões de reais) no maior acordo da história do setor de educação no Brasil. 

Desde o dia 30 de março ele estaria nos Estados Unidos e, mesmo com o habeas corpus para não responder perguntas que o incriminasse, tentou prestar depoimento por videoconferência. 

De acordo com  a Agência Senado, após integrantes da CPI decidirem que, além do pedido de condução coercitiva autorizado pelo STF, a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) seria acionada para localizar Wizard, advogados do empresário procuraram os senadores e informaram que o cliente se apresentaria em data e hora agendadas pela comissão.

Ainda na 2ª feira (28.jun.2021) o empresário retornou ao Brasil e seu passaporte foi retido logo no desembarque, no Aeroporto de Viracopos (SP). Além do depoimento, já foram aprovados requerimentos para quebra de sigilo bancário, telefônico, telemático e fiscal de Wizard.

Pazuello, que figura entre os investigados da CPI, foi quem afirmou que Carlos Wizard atuou por um mês como conselheiro no gabinete, de forma informal, sendo até indicado para uma secretaria do órgão, convite esse que declinou. 

Também Nise Yamaguchi, apontada como integrante do mesmo gabinete, disse que ela e Wizard participaram da criação de "uma conselho consultivo independente", sem vínculo oficial com o Ministério da Saúde.

Ainda, Elcio Franco (ex-secretário-geral do Ministério da Saúde), admitiu ter tido uma reunião com empresários, entre eles Wizard e Luciano Hang, para tratar da ideia da compra de vacinas para os funcionários de suas empresas.