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COMISSÃO | SENADO

AO VIVO: Tolentino "fiou" contrato de vacina que seria comprada com propina

Empresário amigo de Ricardo Barros, que fugiu ao primeiro depoimento, fala hoje (14.set.2021) na CPI da Pandemia

Tolentino escapou de depoimento em 1º de setembro. - (Reprodução/TV Senado)

Na cadeira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, está Marcos Tolentino, o empresário, advogado e amigo do líder do governo na Câmara (Ricardo Barros). Ele está no Senado sob condução coercitiva, depois de faltar à reunião do dia 1º de setembro, justificando a ausência com um atestado médico em que alegou “mal-estar”.

Tolentino é dono, segundo Agência Senado, da Rede Brasil de Televisão e apontado como “sócio oculto” da empresa Fib Bank, que teria dado a garantia irregular no fechamento de contrato da vacina indiana Covaxin. Nesse meio, Barros é apontado como  articulador de negociações sob suspeita de irregularidades.  

Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, ao convocar o empresário argumentou que a garantia oferecida no contrato da FIB Bank e Precisa Medicamentos, no valor de R$ 1,61 bilhão, é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech. 

Segundo apuração da Rede Brasil Atual, de acordo com o contrato, a garantia para cobrir 5% do negócio (R$ 80,7 milhões) deveria ser uma fiança bancária, um seguro-garantia ou uma caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.

Também a Folha de S. Paulo apontou que Tolentino já tinha envolvimento com lavagem de dinheiro. Ele mantém acordo de delação firmado no âmbito da Operação Ararath, em Mato Grosso, no qual se comprometeu a pagar R$ 3 milhões aos cofres públicos para obter perdão judicial. 

Ainda, dessa quantia, um terço foi destinado em 2020 por um juiz federal para a construção de um laboratório de testes da covid-19 no estado.