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INTERIOR | MARACAJU (MS)

Ex-prefeito acusado em esquema de R$ 23 milhões vai para casa

Ele acusa secretários e disse que "não sabia de nada"

Esse é Maurílio Azambuja. Foto: Tero Queiroz | MS Notícias

Maurílio Azambuja (MDB), ex-prefeito de Maracaju (MS), seguirá para casa, onde permanecerá em prisão domiciliar. A decisão ocorreu nesta terça (24.set.21). Em 24 de setembro ele foi preso, suspeito de atuar em esquema com secretários e empresários que desviou R$ 23 milhões dos cofres públicos.   

O ex-prefeito fará uso de tornozeleira. Ele foi alvo da Operação Dark Money, que começou na quarta-feira, dia 22 de setembro, e levou Lenilson Carvalho Antunes, de 44 anos, (ex-secretário de finanças do município), Daiana Cristina Kuhn, de 37 anos, (ex-secretária municipal de administração), Iasmin Cristaldo Cardoso, de 28 anos, (ex-diretora do Departamento de Tesouraria), Fernando Martinelli Sartori, de 36 anos, (ex-assessor especial de gabinete), o empresário Pedro Emerson Amaral Pinto – dono da Tapeçaria Lobo, de 67 anos e Moisés Freitas Victor, de 20 anos, esse último teria ligação com o dono da tapeçaria.

Segundo apurado, o ex-prefeito passou a manhã da segunda-feira depondo na sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dacco), onde negou as acusações. Ele disse que “deu autonomia” e acusou os secretários. Disse que pensava que os cheques assinados por ele eram enviados para uma conta reserva, destinada ao pagamento dos funcionários.

O ex-prefeito disse que deu autonomia a três funcionários para fazer pagamentos abaixo de R$ 100 mil, eram eles o ex-secretário de Fazenda e Administração Lenilso Carvalho Antunes, a ex-diretora do Departamento de Tesouraria Diana Cristina Kuhn e o técnico em edificações e integrante da Comissão Permanente de Licitações do município, Edmilson Alves Fernandes.

À polícia, Maurílio garantiu que não controlava a equipe, não cuidava a aplicação das verbas, sempre assegurou a liberdade dos assessores e só agora, com a operação policial, descobriu as irregularidades, mesmo sendo ele o responsável por abrir a conta paralela, que nunca foi informada aos órgãos oficiais.

A versão do ex-prefeito, no entanto, não convence a polícia que agora segue em busca de novos envolvidos no esquema e procura o ressarcimento do dinheiro desviado do município.