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INVESTIGAÇÃO | CANTORA SERTANEJA

Médico legista revela causa da morte de Marília Mendonça

Indicativo é de que todas os ocupantes morreram pela mesma causa

O momento em que o violão de Marília Mendonça foi retirado da aeronave, que caiu no dia 5. Fotos de Washington Alves/Reuters e Reprodução (detalhe)

Pedro Coelho,  médico legista do Instituto Médico Legal, disse que a cantora Marília Mendonça e os demais ocupantes do bimotor que caiu em 5 de novembro em uma cachoeira de Caratinga, em Minas Gerais, morreram pelo mesmo motivo: politraumatismo contuso — quando os órgãos vitais humanos não aguentam a pressão de um pouso tão abrupto como o ocorrido. Portanto, não seria necessário que a aeronave pegasse fogo ou ficasse em pedaços para que o óbito ocorresse. Uma queda abrupta, como a que ocorreu, foi a causa da morte. 

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), “o politraumatismo é consequência da queda do avião, mas a PCMG aguarda a finalização dos laudos para concluir eventuais outras condições que possam ter contribuído com o óbito”.

Na sexta-feira, 12 de novembro, o Jornal Extra, do Rio de Janeiro, entrevistou Coelho que confirmou o politraumatismo, no entanto, diz que é necessário aguardar o laudo oficial que sairá em 10 dias. “É preciso descartar ou confirmar, por exemplo, se o piloto ou o copiloto passaram mal durante o voo, se tiveram ou não um mal súbito. Todo tipo de detalhe precisa ser analisado”, explicou o médico legista.  

Ele reforçou que nenhum indício de descarga elétrica foi encontrado. “Normalmente em casos de choque há queimaduras e não havia esse tipo de lesão”, completou.  Essa era uma das hipóteses da Polícia para justificar o motivo da queda do avião, afinal, no local havia um cabo de energia, da empresa Cemig.

Além da cantora de 26 anos, outras quatro pessoas morreram no local: Henrique Ribeiro, produtor geral da artista; Abicieli Silveira Dias Filho, que era tio e assessor da cantora; o piloto, Geraldo Martins de Medeiros Júnior e Tarciso Pessoa Viana, copiloto da aeronave.

A aeronave era um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, com capacidade para seis passageiros.