NOVELA PANTANAL
Maria Marruá original, Cassia Kis não vê nova Pantanal: 'Estou sendo cobrada'
Na versão de 1990, havia muita exposição dos corpos dos atores, principalmente das mulheres. Cassia ressaltou essa lembrança da novela, mas afirmou que sempre soube que não era um símbolo sexual
Antes de fazer sucesso na interpretação de Juliana Paes, a personagem Maria Marruá foi vivida por Cassia Kis na versão da Manchete (1983-1999) da novela Pantanal (1990). A atriz veterana confessou que não tem acompanhado a nova edição, no ar atualmente na Globo, para saber como tem sido a representação da família Marruá.
"Ainda não vi Pantanal e estou sendo cobrada por isso, por gente de dentro da produção. Às vezes converso com a Juliana [Paes]. Tenho visto reação de jovens na rua, olham pra mim, veem uma mulher de cabelo branco, e ouço dizerem 'Pantanal'", contou a atriz, durante entrevista para divulgação da nova temporada da série Desalma.
Na versão de 1990, havia muita exposição dos corpos dos atores, principalmente das mulheres. Cassia ressaltou essa lembrança da novela, mas afirmou que sempre soube que não era um símbolo sexual.
"Nunca fui uma gata, nunca alimentei essa praia, faça-me um favor. Apesar de mostrar peito, perna, mergulhando naquele rio. Lá em Pantanal, eu me lembro das cenas, eu em cima de uma chalana, descendo aquele rio negro", falou ela sobre as gravações.
Tanto na versão original quanto na atual, Maria Marruá ficou marcada por ser uma mulher forte, guerreira, que se transformava em onça para se defender e proteger a filha, Juma (Cristiana Oliveira/Alanis Guillen).
Cássia traçou um paralelo entre Maria e Haia, sua personagem em Desalma --cuja segunda temporada estreia no próximo dia 28 no Globoplay. Trata-se de uma mulher que faz rituais, é conhecida como a bruxa da cidade e guarda muitos segredos. Ambas as personagens são mulheres fortes, intensas e cercadas por misticismos.
"Ela [Haia] é uma mulher cujo mundo místico é interno, é dela, ela sabe das coisas. É um mundo onde ela vê, o sobrenatural que é visto. Não tem como não serem mulheres fortes", comentou.
