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POLÊMICA

Zé Neto e Cristiano se apresentaram em rodeio que tentou Lei Rouanet para captar dinheiro

A dupla sertaneja foi uma das atrações principais da 34ª edição do rodeio de Extrema, em Minas Gerais

Zé Neto e Cristiano - Reprodução Divulgação

A dupla Zé Neto e Cristiano, que criticou a Lei Rouanet durante um show pago pela prefeitura de Dourados,  se apresentou em 2019 em um rodeio que tentou captar dinheiro por meio do mecanismo cultural, segundo reportagem do Metrópoles.

A dupla sertaneja foi uma das atrações principais da 34ª edição do rodeio de Extrema, em Minas Gerais. Os cantores receberam R$ 420 mil de cachê para cantar no dia 12 de outubro de 2019. Segundo publicação feita pela prefeitura da cidade à época, o rodeio teve um público de aproximadamente 14 mil pessoas.
 

A proposta do evento pedia R$ 750.448,48 de incentivos por meio da Lei Rouanet, mas o projeto foi indeferido. A solicitação para explorar o mecanismo cultural foi protocolado pela empresa Nossa Senhora das Produções Eirelli. Em carta enviada ao Ministério da Cultura, em 29 de novembro de 2018, a prefeitura afirmava que o projeto seria de “grande relevância cultural” para a cidade mineira, de acordo com a reportagem.


Durante o show em Dourados, no dia 12 de maio, o cantor Zé Neto afirmou que fazia parte de um grupo de artistas que não dependia da Lei Rouanet. “Nosso cachê quem paga é o povo”, disse. A prefeitura da cidade pagou R$ 400 mil para os sertanejos se apresentarem na cidade.

A contratação de Zé Neto e Cristiano para o rodeio foi realizada pela prefeitura de Extrema sem licitação. O mesmo procedimento foi adotado em 2017, quando a dupla recebeu R$ 232 mil para se apresentar em outra edição do mesmo evento.

O rodeio de Extrema terá mais uma vez a participação dos cantores neste ano. Zé Neto e Cristiano foram contratados pela prefeitura, sem licitação, no valor de R$ 550 mil.


A prefeitura de Extrema disse em nota que o rodeio de 2019 foi organizado pela Secretaria Municipal de Cultura através de um programa estabelecido pelo Plano Plurianual (PPA )2018-2021 e contido na Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019.

Segundo a prefeitura, o dinheiro usado para custear o evento era “livre de vinculação com aplicações em Educação e Saúde”. O órgão acrescentou ainda que a festa foi organizada de acordo com os “ritos licitatórios estabelecidos pela Lei 8.666/93”.