DELÍRIOS GOLPISTAS
Bolsonaro diz que muda destino do País se 'derem a ele' metade da Câmara e do Senado em 2026
Inelegível pediu ainda a anistia para os presos e investigados pela invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro
O ex-presidente e inelegível, Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem, domingo (29.jun.25), que “logicamente” não quer ser preso nem morto, tentando se colocar no papel de vítima para angariar apoio político. Ele pediu a eleição de deputados e senadores aliados em 2026 para “mudar o destino do Brasil”.
Apesar de inelegível até 2030 por decisão do TSE, Bolsonaro afirmou que não precisa voltar à Presidência para continuar influenciando o país. “Valdemar Costa Neto me mantém como presidente de honra do PL, e nós faremos isso por vocês”, disse, demonstrando que sua ambição política segue viva.
O ex-presidente voltou a negar envolvimento em tentativa de golpe, qualificando o processo no STF como “fumaça de golpe”, enquanto seus seguidores promovem ataques a ministros da Corte. O ato foi marcado por discursos inflamados e acusações infundadas contra o ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro pediu anistia para os presos e investigados pela invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro, ignorando a gravidade do ataque à democracia. Chamou a medida de “gesto de altruísmo” e “caminho da pacificação”, relativizando atos criminosos cometidos por seus apoiadores.
Durante o evento, lideranças bolsonaristas atacaram a Justiça e defenderam a censura nas redes sociais. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) acusou o STF de “votar pela censura”, reforçando a narrativa antidemocrática do grupo.
Ao exaltar o filho Carlos Bolsonaro como “marqueteiro” que o colocou na Presidência, Bolsonaro reafirma a centralidade da família em sua estratégia política, o que alimenta críticas sobre práticas clientelistas e personalistas.
Sobre a pandemia, Bolsonaro voltou a defender sua recusa à vacinação, sob o pretexto de “liberdade individual”, postura que contribuiu para o agravamento da crise sanitária no país.
Por fim, reafirmou sem provas a tese de fraude nas eleições de 2022 e insultou o presidente Lula, a quem chamou de “ladrão”. A justificativa para não entregar a faixa presidencial, portanto, é marcada pelo discurso de ódio e desinformação.
O ato na Avenida Paulista mostra que Bolsonaro segue apostando na polarização e na divisão para manter influência política, mesmo diante da rejeição da maioria da população.
