EVERTON BOI
Suspeito de matar ex-jogador da seleção de vôlei se entrega à polícia
Crime pode ter sido motivado por ciúmes de um suposto caso entre a vítima e a ex-mulher do suspeito, ou por tentativa de extorsão na partilha de bens
O ex-jogador de vôlei da seleção brasileira de base, Everton Pereira Fagundes da Conceição, conhecido como Everton Boi, de 46 anos, foi morto a tiros na última 5ª feira (10.jul.25), em Cuiabá (MT). O principal suspeito do crime, Idirlei Alves Pacheco, de 40 anos, se apresentou à Polícia Civil na 2ª feira (14.jul.25) e teve prisão temporária decretada pela Justiça.
Segundo a investigação, Everton foi baleado enquanto dirigia um veículo, no bairro República do Líbano, e perdeu o controle após ser atingido. O carro colidiu contra outro automóvel em frente a um posto de combustível. Câmeras de segurança registraram o momento do acidente e mostram o suspeito fugindo a pé logo após os disparos.
De acordo com a polícia, Everton e Idirlei estavam juntos no mesmo veículo, supostamente pertencente ao suspeito. Everton teria sido feito refém antes de ser baleado ao menos três vezes dentro do carro.
A motivação do crime ainda está sob investigação, mas duas hipóteses são consideradas: ciúmes motivados por um suposto envolvimento entre Everton e a ex-esposa de Idirlei, ou tentativa de extorsão relacionada à partilha de bens do suspeito, conforme versão apresentada por ele.
Idirlei, que se entregou espontaneamente, passou por interrogatório e deve ser encaminhado para audiência de custódia. A ex-companheira do suspeito também prestou depoimento. A Polícia Civil informou que segue apurando os detalhes do caso, inclusive se há outros envolvidos no planejamento ou execução do crime.
Everton Boi era natural de Várzea Grande e teve destaque como atleta nas categorias de base da seleção brasileira, sendo campeão mundial infantojuvenil e sul-americano juvenil. Atuava como oposto em quadra e iniciou a carreira ainda na adolescência. Ele era filho do ex-goleiro “Fagundão”, que jogou pelo Operário Várzea-grandense na década de 1980.
O inquérito segue em andamento. A polícia aguarda a conclusão de laudos periciais e novas oitivas para esclarecer a motivação do crime e eventual participação de terceiros.
