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ATAQUE À SOBERANIA

Trump ameaça comércio da Rua 25 de Março em SP: "falsificação ativa"

Americano ataca existência do PIX, da política brasileira de moderação de conteúdo e das leis anticorrupção brasileira

Donald Trump ataca a soberania e afeta a economia brasileira a pedido dos Bolsonaro, investigados por tentativa de golpe de Estado no Brasil. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

A Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, virou alvo de ataques do presidente americano Donald Trump (Republicano), que a pedido dos Bolsonaro, passou a ameaçar a soberania brasileira. 

Conforme a carta enviada pela Casa Branca ao presidente Lula (PT), Trump quer a abertura de uma investigação comercial contra a 25 de Março.  

O processo foi anunciado pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) na 3ª feira (15.jul.25).

Mesmo não sendo de sua alçada, Trump alega que ocorrem no local práticas recorrentes de pirataria e venda de produtos falsificados, citando falhas na proteção da propriedade intelectual.

Esse é um desdobramento do ataque do americano à economia brasileira para pressionar que encerrem as investigações contra seu aliado ideológico, Jair Bolsonaro, que responde por tentativa de golpe à democracia brasileira.  

Segundo o documento do USTR, a 25 de Março permanece há décadas como um dos maiores centros de falsificação do mundo, apesar de diversas operações policiais.

“A ausência de sanções eficazes e medidas duradouras mantém a falsificação ativa no Brasil, especialmente na 25 de Março”, diz o texto.

Consoles adulterados, dispositivos de streaming pirata e eletrônicos irregulares estão entre os produtos citados como exemplos.

Além da Rua 25, o relatório também menciona o Brás, Santa Ifigênia, e shoppings populares como Page, Tupan e Feira da Madrugada, todos centros de comércio na capital paulista.  

Para solicitar a investigação, o americano alega que as práticas comerciais são prejudiciais às empresas americanas.

Na carta Trump reclama do PIX e da política brasileira de moderação de conteúdo.

Os EUA acusam o Brasil de aplicar tarifas preferenciais a parceiros estratégicos, o que colocaria exportadores americanos em desvantagem.

Também são citadas críticas à aplicação de leis anticorrupção e à transparência em negócios internacionais.

O etanol foi outro ponto de fricção: os EUA afirmam que o Brasil voltou a taxar o combustível americano, rompendo um acordo anterior.

O governo brasileiro ainda não respondeu formalmente às acusações.

Trump resumiu sua decisão de forma direta: “Taxei o Brasil porque eu posso”.