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GOLPISTA!

Traidor da nação brasileira, Eduardo Bolsonaro vira alvo da justiça

Filho de Jair Bolsonaro beira o delírio em campanha contra o Brasil

Reprodução/Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) protagoniza mais um capítulo de confronto institucional ao virar alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua atuação no exterior. Desde março, ele tem circulado pelos Estados Unidos em uma cruzada política que beira o delírio, pedindo sanções contra autoridades brasileiras, entre elas os próprios ministros do STF.

A iniciativa, segundo ele mesmo, seria uma forma de pressionar por anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro — entre os quais figura seu pai, Jair Bolsonaro, réu por tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022. Ao levar disputas internas para potências estrangeiras, Eduardo escancara não apenas sua disposição de agir contra o Estado brasileiro, mas também seu desprezo pelas regras democráticas e institucionais que jurou defender como parlamentar.

O inquérito, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República e conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, apura quatro crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação criminal, abolição violenta do Estado democrático de Direito e atentado à soberania nacional. O despacho recente de Moraes aponta que o deputado intensificou seus ataques após o avanço das investigações contra Jair Bolsonaro.

Com discursos inflamados, Eduardo passou a associar sua peregrinação política ao anúncio de sanções comerciais dos EUA contra o Brasil — um gesto que tenta transformar conflito pessoal em política externa, colocando interesses familiares acima dos nacionais.

Para juristas, a conduta pode custar mais do que processos criminais: ela pode resultar na cassação de seu mandato. Afinal, o deputado federal tem obrigação legal de atuar em defesa da soberania e do interesse público, não de fazer campanha internacional contra as instituições do país que o elegeu.

OS CRIMES EM ANÁLISE

1. Coação no curso do processo
Usar ameaça para interferir em processos judiciais — ainda que por meio de sanções estrangeiras — pode configurar coação. Eduardo tenta interferir diretamente nos julgamentos que envolvem seu pai, configurando conflito de interesses escancarado.

2. Obstrução de investigação de organização criminosa
Ao pressionar por anistia internacional, o deputado tenta desmobilizar a responsabilização penal de aliados e familiares, obstruindo o curso natural da Justiça.

3. Abolição violenta do Estado democrático de Direito
Ainda que não tenha empunhado armas, a tentativa de desestabilizar os poderes da República por pressão internacional é, segundo especialistas, uma afronta clara ao regime democrático.

4. Atentado à soberania nacional
Ao recorrer a governos estrangeiros para interferir em decisões do STF, Eduardo Bolsonaro dá um passo perigoso em direção ao que o Código Penal define como traição à soberania nacional — ainda que disfarçada sob o verniz de “diplomacia informal”.

A conduta de Eduardo Bolsonaro revela mais do que imprudência: é uma aposta no desgaste institucional e no caos político, apostando que o barulho no exterior compense a perda de apoio interno. A história dirá se essa aposta custará seu mandato — ou mais.