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EXTREMA DIREITA

Cláudio Castro é pressionado a bancar Eduardo Bolsonaro nos EUA

Submisso aos Bolsonaros, governador do Rio pode enfrentar sérias complicações se adotar essa medida

Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro Foto: Divulgação

Cláudio Castro (PL-RJ) está sendo pressionado a ajudar a "salvar" o mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O governador do Rio de Janeiro recebeu a ordem de nomear Eduardo Bolsonaro para uma secretaria especial — que sequer existe — apenas para que o extremista de direita permaneça nos EUA, sustentado com dinheiro público.

A proposta amarga, encabeçada pelo irmão de Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro, tem o objetivo claro de permitir que Eduardo se licencie novamente do cargo de deputado federal e, assim, driblar o risco de cassação por faltas.

Também é uma maneira de enviar dinheiro para o extremista de direita que trama contra o Brasil junto ao governo de Donald Trump, que além de taxação contra a economia brasileira, está sendo convencido a aumentar sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) numa tentativa desesperada de livrar o pai das investigações. 

Ao criar o cargo para o '03', o Chefe do Executivo carioca dá aos Bolsonaro um escudo legal, já que Eduardo é investigado por coação no curso do processo, obstrução de justiça e atentado à soberania nacional.

A jogada escancarada de favorecimento político não apenas fere princípios básicos de ética e responsabilidade pública, como pode trazer complicações jurídicas sérias para o próprio governador. Auxiliar um investigado a escapar das consequências legais pode ser interpretado como facilitação para o cometimento dos crimes que ele enfrenta.

Apesar dos riscos e do evidente uso político do cargo público para proteger aliados, nem Castro nem os Bolsonaro deram qualquer resposta oficial até o momento.

A manobra revela, mais uma vez, o modus operandi do clã Bolsonaro: manipular as instituições para manter o poder a qualquer custo, mesmo que isso signifique atropelar a lei e o bom senso.