CAMPO GRANDE (MS)
Após furtos e tentativa de estupro, MP cobra mais segurança nas UPAs
Promotoria instaurou inquérito para investigar situação
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para cobrar medidas do Município de Campo Grande e da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) diante da repetição de episódios de violência, furtos e ameaças registrados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital.
A apuração foi motivada por casos recentes que repercutiram na imprensa local, entre eles a tentativa de estupro contra uma enfermeira de 42 anos, dentro da UPA Universitário, em fevereiro deste ano. O caso foi noticiado pela imprensa, ganhou repercussão e levou à formalização da apuração por parte da 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.
Na portaria que formaliza o inquérito, publicada nesta 4ª feira (23.jul.25) no Diário Oficial do MPMS, o promotor de Justiça Marcos Roberto Dietz afirma que, apesar de providências pontuais já terem sido adotadas, como o redirecionamento de viaturas da Guarda Municipal e estudos para ampliação do sistema de câmeras, ainda não há comprovação de um plano estruturado e contínuo de segurança nas unidades.
O MP requisitou informações detalhadas à Sesau sobre ações adotadas para conter a violência nas unidades, como treinamentos, monitoramento por câmeras, presença de vigilância privada e canais de denúncia para os servidores. O município tem 20 dias para responder.
Além disso, foi solicitado à Polícia Civil o envio de boletins de ocorrência registrados nas unidades de saúde em 2025, e à Câmara Municipal a ata da audiência pública realizada recentemente para tratar do tema. O promotor destacou que a falta de ações configura omissão administrativa e compromete tanto a proteção dos servidores, quanto a qualidade no atendimento aos usuários do SUS.
