BRUTALIDADE
Grupo matou professor com foice por dinheiro para comprar cachaça
Quatro suspeitos foram identificados pela Polícia Civil
A Polícia Civil concluiu que o assassinato do professor indígena Anderson Gomes Lopes Machado, de 24 anos, ocorrido na madrugada do último domingo (20.jul.25), em uma estrada rural de Bela Vista, foi cometido com extrema violência por quatro homens que buscavam dinheiro para comprar mais bebida alcoólica. Anderson foi morto com golpes de foice e machete na cabeça e na garganta após se recusar a entregar a motocicleta.
De acordo com a investigação da Delegacia de Bela Vista, os suspeitos estavam consumindo cachaça desde o sábado (19.jul.25) e abordaram o professor por volta da 1h da manhã de domingo, em uma estrada vicinal da região da Aldeia Pirakuá, onde a vítima atuava como docente. Eles exigiram que ele entregasse sua moto, uma Honda CB 250 Twister. Diante da negativa, o grupo o atacou brutalmente, causando sua morte no local.
Após o homicídio, os autores subtraíram um par de chuteiras e a motocicleta da vítima, mas abandonaram o veículo cerca de 200 metros adiante, ao não conseguirem ligá-lo. O corpo de Anderson foi encontrado por moradores na manhã seguinte.
A Polícia Civil iniciou as diligências ainda no domingo e identificou rapidamente os suspeitos. Um deles, E.V., de 24 anos, foi preso em flagrante na própria comunidade. No dia seguinte, E.A.E., de 29 anos, também foi localizado e preso pela Polícia Militar. Os dois tiveram a prisão convertida em preventiva pela Justiça.
Durante os interrogatórios, surgiram contradições que levaram à identificação de outros dois envolvidos. A Polícia Civil e o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) localizaram G.M.A., de 24 anos, na 3ª feira (23.jul.25), e R.V.G., de 31, na manhã seguinte, enquanto tentava fugir para uma região de fazendas em Antônio João.
Com R.V.G., os policiais apreenderam a foice usada no crime, a chave da moto de Anderson e uma das chuteiras roubadas, que estava sendo usada por ele. A motivação, conforme relato dos próprios investigados, era conseguir dinheiro ou bens para trocar por mais cachaça.
Todos os quatro acusados foram encaminhados ao Presídio Máximo Romero, em Jardim, onde permanecem à disposição da Justiça. O caso é tratado pela Polícia Civil como homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de meio cruel e concurso de pessoas.
