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SAÚDE PÚBLICA

Sarampo no Paraguai deixa MS em alerta; Estado reforça vacinação

Apesar da ameaça vizinha, o Estado não registra casos da doença desde 2020

Estado passará a integrar reuniões semanais com o PNI após avanço da doença em países vizinhos; primeiro encontro ocorreu nesta terça-feira (5) - Crédito: Agência Brasil

A confirmação de um caso de sarampo no Paraguai colocou a saúde de Mato Grosso do Sul em estado de alerta. O governo estadual intensificou as ações de bloqueio vacinal e vigilância, especialmente na fronteira, para impedir a reintrodução do vírus.

Apesar da ameaça vizinha, o Estado não registra casos da doença desde 2020. Atualmente, cinco casos suspeitos estão em investigação, seguindo os protocolos de vigilância epidemiológica, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Diante do novo cenário, a SES passou a integrar reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) para alinhar estratégias de contenção. O primeiro encontro ocorreu na última terça-feira (5.ago.25).

"Nós não temos caso confirmado em Mato Grosso do Sul e estamos trabalhando para manter esse status. Por isso é tão importante vacinar quem está em áreas estratégicas e aumentar a cobertura em toda a população”, destaca Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.

Equipe da SES MS em web com representante do Programa Nacional de Imunização.

As ações de bloqueio foram intensificadas em Corumbá e Ladário, com campanhas de vacinação, busca ativa por pessoas com sintomas e atividades educativas, em parceria com o Ministério da Saúde.

DIA D NA FRONTEIRA

Para fortalecer a barreira sanitária, um "Dia D" de vacinação foi promovido em 26 de julho na região de fronteira.

Só em Corumbá, foram aplicadas 1.050 doses da vacina contra o sarampo ao longo do mês. Em Ladário, a mobilização do Dia D resultou na vacinação de 70 pessoas contra a doença.

VIGILÂNCIA ATIVA

A vigilância foi reforçada com buscas ativas por agentes comunitários de saúde e revisão de prontuários médicos para identificar qualquer sinal da doença precocemente.

“A vigilância está em alerta. Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado e investigado. A população também precisa colaborar, procurando a unidade de saúde diante de sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, tosse ou conjuntivite”, reforça Jakeline Miranda Fonseca, gerente técnica da SES.

Os últimos casos de sarampo em Mato Grosso do Sul ocorreram em 2020. Em 2025, o Brasil já soma 21 confirmações, a maioria no estado do Tocantins.

A SES ressalta que a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde.