ELEIÇÕES 2026
Fábio Trad adverte sobre escalada fascista e afirma estar conversando bem com o PT
Se vai assinar ou não a ficha do Partido dos Trabalhadores, Fábio Trad ainda diz que tudo tem sua hora certa, mas ressalta estar fazendo uma boa conversa com o PT sobre este e outros assuntos. E assegura: as conversas têm sido serenas, de alto nível e pontuadas por preocupações comuns, entre as quais duas grandes prioridades: fortalecer a democracia — o que implica combater a escalada do fascismo — e também conscientizar a população sobre a importância de defender a soberania nacional.
"Não estamos num momento comum da história brasileira. Não. E, por isso, não podemos permitir que a importância da democracia seja menoscabada, porque é assim que o fascismo a corrói e avança: começa roendo por partes, depois vai fulanizando suas dimensões e, por fim, promove o obscurantismo e a exceção", afirmou. "Isto não é filosofia, é um jogo de decisões e de escolhas. Ou se é verdadeiramente democrata ou se está na trincheira oposta", completou Fábio.
Para ele, a retaliação do governo de Donald Trump ao Brasil já foi além da ameaça. "É preciso investir sempre no diálogo, na diplomacia, insistentemente. Porém, sem agachamento, sem concordar em ser refém de chantagens econômicas ou de qualquer tipo", reforçou.
Sobre o fato de ser considerado uma solução do PT e do campo democrático de Mato Grosso do Sul para a sucessão estadual em 2026, ele assinalou que ainda está avaliando o quadro político por inteiro, entretanto ressalvou que está totalmente engajado no combate ao fascismo.
Ele respondeu a estas perguntas do MS Notícias:
PERGUNTA – Em que nível estão tuas conversas com o PT no que toca ao convite para assinar a ficha do partido?
RESPOSTA – Estamos dialogando com franqueza, espírito republicano, de forma colaborativa. Estamos profundamente preocupados com a escalada da violência fascista em nosso país, de forma que precisamos reunir as forças progressistas para proteger nossa soberania e democracia. A conversa com o PT não gira em torno de projeto pessoal, mas de país, nação, pátria.
PERGUNTA – O PT-MS, saindo do governo Riedel, causa que tipo de impacto em sua eventual candidatura ao governo pelo PT ou por outra força democrática ou antibolsonarista?
RESPOSTA – A questão do PT estadual com o governo Riedel é um tema que deve ser tratado por eles. Não me sinto legitimado a sequer comentar a respeito.
PERGUNTA – Quais os cenários que você projeta para as eleições de 2026, considerando a sucessão nacional e seus impactos na sucessão local?
RESPOSTA – São dois campos: o campo golpista e o campo democrático. Este cenário tomará conta do país. Se eu me decidir por retomar a atividade político-partidária, obviamente que estarei na trincheira do Brasil soberano, do Brasil progressista, do Brasil de Ulysses, Brizola, Montoro, Darcy Ribeiro e Paulo Freire.
