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CAMPO GRANDE (MS)

Pintor foi morto por companheiro após exame confirmar doença, diz polícia

Israel foi assassinado com extrema violência pelo parceiro Reinaldo

Israel foi morto por Reinaldo no dia 16 de maio - Reprodução

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do pintor Israel Reis dos Santos, de 53 anos, ocorrido no dia 16 de maio, no bairro Guanandi, em Campo Grande. O crime foi cometido pelo companheiro da vítima, Reinaldo Ribeiro, de 43 anos, que segue preso preventivamente. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo a investigação, o assassinato ocorreu após Reinaldo encontrar, na casa de Israel, um exame médico que confirmava diagnóstico positivo para HIV. A descoberta teria motivado uma discussão e, em seguida, o crime.

De acordo com o inquérito policial, Reinaldo agrediu Israel com um pedaço de madeira, causando traumatismo cranioencefálico. Em seguida, desferiu um golpe de faca no pescoço da vítima e utilizou o fio de um ferro de passar roupas para estrangulá-lo.

O laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi o traumatismo provocado por ação contundente. As lesões no pescoço não apresentaram reação vital, indicando que a vítima já estava morta quando foi estrangulada.

Após o crime, Reinaldo danificou o sistema interno de segurança da residência, inclusive câmeras ocultas, para tentar dificultar as investigações.

Mesmo após cometer o assassinato, Reinaldo tentou se passar por amigo da vítima nas redes sociais. Publicou mensagens de luto com fotos ao lado de Israel e chegou a escrever: “Você não merecia morrer assim, meu nobre amigo, mas vou lembrar de você assim, sempre sorrindo e de bem com a vida apesar de tudo. Meus sentimentos a toda família e amigos e descanse em paz, meu irmão Israel Reis".

PRISÃO

Durante a investigação, testemunhas relataram à DHPP que Reinaldo e Israel mantinham relacionamento amoroso. Com base nos indícios e nos depoimentos, a polícia pediu a prisão temporária do suspeito, que foi capturado e interrogado, mas negou envolvimento no crime.

O Ministério Público denunciou Reinaldo, e a Justiça converteu a prisão em preventiva. O acusado segue preso e responderá por homicídio qualificado, por motivo torpe e meio cruel.