MEIO AMBIENTE
Balneário em Bonito é alvo de inquérito por superlotação e dano ambiental
Empresa recebeu 625 visitantes e foi multada em R$ 150 mil
A 2ª Promotoria de Justiça de Bonito instaurou inquérito civil para apurar possíveis danos ambientais causados pela superlotação de um balneário turístico. A medida foi motivada por relatório da Polícia Militar Ambiental, que apontou o recebimento de 625 visitantes além do limite diário autorizado pela licença de operação, nos dias 30 e 31 de dezembro de 2024 e 1º de janeiro de 2025.
O caso foi confirmado por laudo técnico do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). No dia 1º de janeiro, o número de visitantes excedeu o limite em 284 pessoas. A infração resultou em multa de R$ 150 mil aplicada à empresa responsável.
O promotor de Justiça substituto, Felipe Blos Orso, explica que a investigação apura “o descumprimento das condicionantes da licença ambiental, verificar a ocorrência e extensão de danos ambientais causados pela sobrecarga de visitantes, avaliar a necessidade de reparação integral dos danos, e, ainda, examinar a adequação das medidas preventivas adotadas pela empresa e identificar eventuais responsabilidades civil, administrativa e criminal.”
A empresa foi notificada e tem 15 dias úteis para apresentar explicações, como as razões do excesso de público, ações adotadas para evitar novas infrações e detalhes sobre o sistema de controle de visitantes. O MP também requisitou informações técnicas ao Imasul e à Prefeitura de Bonito, com foco nos dados operacionais do balneário entre dezembro de 2024 e agosto de 2025.
