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HISTÓRIA

Com nanismo, 'Chucky' da Bahia impôs terror e matou mais de 20 pessoas

Ele acabou morto após ser capturado e torturado até a morte por rivais

Marcelo ficou conhecido como o - Reprodução

Conhecido como "Chucky" por sua baixa estatura (1,28 metro) e semelhança com o personagem do filme Brinquedo Assassino, Marcelo de Jesus Silva construiu uma reputação temida no submundo do crime da Bahia. Braço direito de um dos principais traficantes de Salvador, ele foi ligado a mais de 20 homicídios, tráfico de drogas e execuções em série.

Segundo o Correio 24 Horas, Marcelo integrava um grupo de extermínio comandado por João Teixeira Leal, o “Jão”, que atuava fortemente na região de Pirajá. A polícia atribuiu ao grupo uma série de assassinatos, incluindo um triplo homicídio em 2006 que marcou a atuação violenta da quadrilha.

Mesmo após a prisão do grupo em 2007, Marcelo se destacou por suas fugas inusitadas, uma delas se escondendo dentro de um telefone público; em outra, precisou ser erguido nos ombros de um comparsa para atirar com uma metralhadora. Em uma operação, chegou a passar despercebido justamente por sua estatura: “Só um anão passou”, teria dito um policial. “O anão era o cara”, respondeu outro.

Sua história teve um fim brutal. Em dezembro de 2010, Marcelo foi capturado e executado por traficantes rivais na Lagoa da Paixão, em Salvador. O corpo foi encontrado com sinais de tortura, pendurado de cabeça para baixo em um contêiner de lixo. A suspeita é que ele tenha sido morto por envolvimento em roubos na região dominada por outra facção.

A fama de Chucky atravessou fronteiras. Em 2023, a trajetória do criminoso baiano foi destaque em um episódio do podcast americano Morning Cup of Murder, que o descreveu como “um homem que fez seu nome por sua aparência e tendência à violência”.