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ECONOMIA

Desemprego cai para 5,6% e atinge menor nível da história, aponta IBGE

Brasil registra recorde de trabalhadores com carteira assinada e massa de rendimento chega a R$ 354,6 bilhões

Reprodução/Helena Pontes/IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, igualando o menor índice da série histórica iniciada em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. O índice representa queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,8 ponto em comparação ao mesmo período de 2024.

O número de desempregados chegou ao menor nível da série, com 6,045 milhões de pessoas, redução de 209 mil em três meses e de 809 mil em um ano. O total de trabalhadores empregados permanece estável em 102,4 milhões, também recorde. Já o número de empregados com carteira assinada alcançou 39,2 milhões, o maior já registrado.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível de ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”.

A massa de rendimento médio real também bateu recorde, chegando a R$ 354,6 bilhões, com alta de 5,5% em relação ao ano anterior. O rendimento médio habitual ficou estável no trimestre, mas cresceu 4% em 12 meses, impulsionado por setores como alojamento e alimentação, construção e administração pública.

O levantamento mostrou ainda que a taxa de subutilização da força de trabalho caiu para 13,9%, o menor patamar desde o início da pesquisa. O número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, também recuou para 2,6 milhões, quase metade do pico registrado durante a pandemia.

A coordenadora do IBGE destaca que “mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores alcançados no primeiro semestre de 2025”.

Entre os setores que mais cresceram na ocupação estão agropecuária e construção, com aumento de 3,4% no número de trabalhadores. Já comércio e serviços domésticos tiveram leve retração no trimestre.

A PNAD Contínua é o principal instrumento de monitoramento do mercado de trabalho no país. A pesquisa visita mais de 200 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal a cada trimestre.