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Ao som de pedidos de renúncia, Bernal começa seu discurso

Foto: Heloísa Lazarini
[caption id="attachment_17421" align="alignright" width="300"] Foto: Heloísa Lazarini[/caption] Após a fala do advogado Jesus de Oliveira Sobrinho, o prefeito Alcides Bernal (PP) assumiu a palavra na sessão de julgamento que pode cassar seu mandato. Ele terá até duas horas para concluir a sua defesa. Entre aplausos e pedidos de renúncia, o prefeito afirma que vai defender a isonomia, a isenção e a lisura aos princípios da legalidade. Bernal garante também que sempre respeitou o princípio da moralidade e critica o movimento organizado por João Paulo e Elias Rangel que lideram as manifestações contra ele na Câmara Municipal. O prefeito alega ainda que os problemas da Capital são antigos, herdados da gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB). “Não havia medicamentos nos postos de saúde porque a licitação foi cancelada em novembro de 2012”, declarou. Com a insistência das manifestações, Bernal pede ao presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB) que peça respeito aos seus funcionários que atrapalham seu discurso. O prefeito também acusa o vereador Edil Albuquerque, presidente da Comissão Processante que indicou pela cassação de seu mandato, de ter assinado um contrato viciado que favorecia a empresa Total, responsável pela limpeza dos postos de saúde, na época em que era vice-prefeito na gestão de Nelsinho. Segundo Bernal, a Total renunciou o contrato porque sabia que o Ministério público estava fazendo uma auditoria sobre irregularidades na licitação, gerando assim a emergência que obrigou a prefeitura a contratar a Megaserv. Além disso, a contratação da Megaserv teria gerado uma economia de R$ 3 milhões para Campo Grande. O vereador Edil Albuquerque rebateu que está bastante animado, pois a defesa do prefeito tem se demonstrado fraca e incapaz de mudar a opinião dos vereadores da oposição. O vereador Paulo Siufi (PMDB) destacou que o discurso de Bernal não muda nada, pois as irregularidades foram comprovadas quando ele presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de inquérito) do Calote. Manifestantes também gritam "Nem Jesus Salva", "pior prefeito do mundo" e "Olarte", sobrenome do vice-prefeito da Capital que pode assumir o comando se Bernal for cassado. Opositores ainda viram as costas para o prefeito enquanto aliados rebatem com gritos de "viva à democracia". Diana Christie e Heloísa Lazarini