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Duplicação da BR-163 começa em maio e pedágio será cobrado a partir de 2015

Maurício Soares Negrão
Foto: Diana Christie
[caption id="attachment_18406" align="alignleft" width="210"] Maurício Soares Negrão
Foto: Diana Christie[/caption]

A CCR (Companhia de Concessão de Rodovias) MS Via, empresa responsável pela duplicação da BR 163 do trecho que vai de Sorona (MS), na divisa com Mato Grosso, a Mundo Novo (MS), na divisa com o Paraná, deve começar as obras a partir de maio deste ano. A empresa terá que duplicar 818,6 km de rodovia de um total de 847,2 km em que atuará.

De acordo com o presidente da CCR MS Via, Maurício Soares Negrão, a concessão tem o objetivo de recuperar, fazer a manutenção, conservar, ampliar a capacidade, operar e implantar melhorias na BR 163. O contrato prevê uma concessão de 30 anos contados a partir de 12 de abril de 2014, baseada numa tarifa de R$ 4,38 a cada 100 km com um deságio de 52,7% estabelecidos em maio de 2012.

As obras de reparo já começam em abril e o início da cobrança do pedágio juntamente com o início das operações de assistência aos motoristas que utilizam a rodovia está previsto para começar em outubro de 2015, quando 10% da obra de duplicação estiver concluída. Serão executados também contornos nas cidades de Mundo Novo, Caarapó, Eldorado e Doradina (Vila Varga).

Maurício destaca que as obras de duplicação vão começar antes que a empresa obtenha a licença ambiental emitida pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística) graças ao Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis que prevê a antecipação das obras parcialmente. “O programa traz uma facilidade porque não tem licença ambiental, mas tem limitações”, justificou. Assim, apenas oito trechos da BR devem ser duplicados antes da licença ambiental.

Empregos - Durante os 30 anos de concessão, a empresa espera investir R$ 5,5 bilhões, sendo que R$ 3,4 bilhões serão usados já nos primeiro cinco anos de atuação. A CCR MSVia vai empregar mil funcionários para trabalhar na operação e na administração e 3 mil pessoas para trabalhar nas obras. Apenas uma equipe de cerca de 100 pessoas veio de outros estados. “Ao longo dos 30 anos, o Estado (MS) vai receber R$ 5 bilhões de impostos e tributos, sendo R$ 1 bilhão em ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) para as cidades lindeiras”, reforçou Maurício.

A tarifa do pedágio será reajustada através do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) pela primeira vez quando começar a cobrança, prevista para outubro de 2015, e depois a cada 12 meses. Confira abaixo as praças de pedágio e o valor estipulado da tarifa para janeiro de 2014.

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Atendimento aos usuários - O SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) contará com 17 bases com equipes especializadas para o atendimento pré-hospitalar, desobstrução de pistas, reboque mecânico, presença na rodovia, apoio e informação; terá 17 ambulâncias-resgate, sendo que cinco delas possuem UTI (Unidade de Terapia Intensiva); 25 guinchos; 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço.

A empresa poderá solicitar alterações nos limites de velocidade da rodovia caso apresente estudos que demonstrem que as medidas podem reduzir acidentes e vai investir em conscientização dos usuários. Na rodovia, a CCR MSVia pretende instalar 35 painéis de mensagens fixas e móveis, 505 câmeras, 6 postos de detecção de altura, 79 pontos de sensoriamento e tráfego e 13 radares fixos. De acordo com o diretor de operações da empresa, Juvêncio Pires Terra, cerca de 51 mil veículos circulam a BR 163 por dia.

A empresa – O grupo CCR é dividido em quatro grupos de acionistas, sendo que os grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido possuem 17% das ações cada um e os outros 49% da empresa está na bolsa de valores, em ações controladas em sua maioria (83%) por corporações estrangeiras.

O Grupo CCR atua nas concessões de rodovias, mobilidade urbana, empresas de serviço e em quatro aeroportos internacionais.

Diana Christie