MS Notícias

Íntegra da gravação de vídeo serviu para Petrobras achar espião

A direção da Petrobras já tem praticamente a convicção formada sobre quem utilizou uma caneta espiã para filmar uma reunião interna da empresa e repassar as imagens, em tom de escândalo, para a revista Veja. Trata-se,

A direção da Petrobras já tem praticamente a convicção formada sobre quem utilizou uma caneta espiã para filmar uma reunião interna da empresa e repassar as imagens, em tom de escândalo, para a revista Veja. Trata-se, ao que tudo indica, do advogado Bruno Ferreira.

As provas foram fornecidas pela própria revista Veja, que, nesta semana, decidiu publicar a íntegra da fita. Veja se viu forçada a publicar as imagens completas depois que uma reportagem do 247 contestou a sua edição parcial. Uma perícia realizada por um dos principais institutos do Mato Grosso do Sul, a pedido do senador Delcídio Amaral (PT-MS), demonstrava inconsistência nos diálogos divulgados pela revista.

Nas imagens, o advogado Bruno Ferreira, em diversas ocasiões, tenta induzir seu superior, o chefe do jurídico da Petrobras, José Eduardo Barrocas, a confirmar algum tipo de armação. É ele, por exemplo, quem tenta, em vários trechos, demonstrar alguma proteção ao ex-diretor Nestor Cerveró.

Na edição da semana passada, os trechos em que Bruno Ferreira tenta induzir respostas foram suprimidos, o que parece ter sido uma tentativa da publicação de proteger sua fonte.

Nesta semana, a revista volta a falar em “farsa”, mas a tese não é corroborada pelas imagens, nem pelos áudios. A denúncia, classificada pelo jornalista Janio de Freitas como "escândalo da banalidade", tende a cair no vazio. Segundo o ministro Ricardo Berzoini, foi publicada apenas para criar uma "cortina de fumaça" destinada a encobrir o que chamou de "aécioporto".

Internamente, na Petrobras, o caso foi classificado como "molecagem".

Brasil 247