MS Notícias

Com 416 casos diagnosticados, Dourados registra quase uma morte por mês em decorrência da Aids

Apesar de ainda assustar, os números são inferiores aos mostrados em 2012, de infectados pela Aids
Foto: Reprodução
[caption id="attachment_42524" align="alignleft" width="250"] Apesar de ainda assustar, os números são inferiores aos mostrados em 2012, de infectados pela Aids
Foto: Reprodução[/caption] Nove pessoas morreram durante o ano de 2014 em Dourados por decorrência de complicações causadas pela Aids. Os dados foram repassados para o Dourados News pela coordenadora do Programa DST/Aids do município, Rosana Alves Vieira Carneiro. Ao todo, são 416 casos diagnosticados em estado avançado na cidade. Apesar de ainda assustar, os números são inferiores aos mostrados em 2012, quando 21 pessoas foram a óbito e que até julho do ano passado, quando 10 já haviam morrido. Segundo Rosana, o grupo de pessoas com idade de 20 a 35 anos são os que apresentam maior quantidade de infectados, causadas também por relações sexuais ainda na fase da adolescência. “As relações sexuais ainda na fase da adolescência podem aumentar o risco de contágio com alguma doença sexualmente transmissível e o Programa DST/Aids em Dourados tem trabalhado com ações educativas na comunidade como forma de alertar os jovens sobre os riscos”, conta, lembrando da realização de palestras, ações educativas, seminários e aplicações de testes rápidos. Hoje, o paciente diagnosticado com o vírus, recebe atendimento ambulatorial, encaminhamento a internações e exames específicos. “O paciente é conduzido ao atendimento psicológico, passa por um assistente social e também médico para orientação e início de tratamento. Em torno de 70 pessoas são atendidas diariamente na unidade”, conta. O programa também conta com equipe multidisciplinar com odontólogo, bioquímico, farmacêutico e auxiliar de enfermagem. Ainda conforme a coordenadora, o diagnóstico tardio pode estar relacionado a alta incidência de óbitos, já que tratamentos tem prolongado por muito tempo a sobrevivência de quem possui o vírus. A AIDS A Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Segundo o Ministério da Saúde, como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era uma sentença de morte e atualmente possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo. SINTOMAS Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de três a seis semanas e o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, aguarde 30 dias e faça o teste. Em Dourados, a pessoa pode se deslocar até a rua dos Missionários, 420, Jardim Caramuru. O telefone é o 3423-8622. Dourados News