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Em meio à crise financeira, vereadores consideram nomeação de Cezar Afonso inútil

Os vereadores de Campo Grande não "digeriram"muito bem a nomeação de Cezar Afonso como assessor-executivo I com salário de R$ 5049,00 que pode chagar a quase R$ 10 mil. Até os membros da base aliada do prefeito criticaram a decisão de Olarte.

No geral, os parlamentares questionaram o motivo da nomeação justo agora que a prefeitura passa por uma crise financeira. Professores estavam em grve por falta de pagamento, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) reajustado em 12,58%, e Ministério Público Estadual) recomendando que município corte em 20% número de comissionados. E em meio a tudo isso, Olarte nomeia seu amigo Cezar Afonso

Para o vereador Eliseu Dionisio (SD), a nomeação é temerária. "Acho temerária porque até agora ele sempre atuou nos bastidores do poder. O que ele faz na prefeitura? Nunca teve função nenhuma, mas até então ele andava escoltado por guardas municipais. Para mim a nomeação dele não traz nenhum proveito para sociedade, não influencia em nada para melhor. Agora que ele faz parte do governo, resta saber sua função, se vai continuar carregando pasta do Ollarte ou vai contribuir com algo", diz.

Assim como Dionízio, o vereador Chiquinho Telles (PSD) acredita que a nomeação de Cezar não veio em boa hora. Chiquinho, no entanto, observa que embora não se faça necessária,é melhor ter Cezar como assessor do que como secretário. Apostando na política da redução de danos, Chiquinho prefere ver Cezar como assessor especial do que correr o risco de tê-lo como titular de alguma secretaria. "É melhor colocar ele de assessor do que em alguma secretaria como Olarte queria. Na assessoria é menor o risco. Acredito que Cezar vai organizar internamente e politicamente as situação do prefeito, mas que ele saiba não falar o que não deve."

Da oposição, Thais Helena (PT) criticou Olarte por não levar em conta as recomendações da Câmara e do MPE sobre a necessidade de corte de comissionados para enxugar as despesas da prefeitura. "Pelo jeito ele não entendeu a recomendação que o MPE e a Câmara fizeram. Dá para perceber que Olarte não tem nenhuma vontade de resolver a questão financeira do município", afirma.

Na tentativa de salvar o prefeito, apenas o vereador João Rocha (PSDB), que já foi líder de Olarte na casa, defendeu a nomeação alegando que embora o salário seja alto, depois de tantas exonerações, o município não terá prejuízo. "Ele já economizou com tantas exonerações, não será prejuízo e não tem como ele parar de nomear funcionários", explica.

Heloísa Lazarini e Tayná Biazus