Luiza cobra e Mandetta se mantém neutro sobre fracasso do Gisa

Ao tomar conhecimento de que a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) disse que vai procurar o MPE (Ministério Público Estadual) e cobrar que sejam bloqueados os bens dos envolvidos na licitação que contratou o sistema Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde), o deputado federal Luiza Henrique Mandetta (DEM) que na época era titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) afirmou que se a vereadora acredita que tem “prerrogativas” para isso, deverá tomar a atitude, evitando falar sobre o assunto.

“Acredito que tem política envolvida nisso, eu nunca conversei sobre isso com a vereadora, mas se ela acredita que tem prerrogativas para isso, que faça”, disse o deputado.

Diante da reação de Mandetta, Luiza destacou que acredita que o deputado tenha entendido sua função diante dos fatos, já que ela vem executando seu trabalho de parlamentar na Capital.

“Eu acredito que eles como parlamentar, sabe que estou cumprindo meu papel diante da sociedade, o vereador deve cobrar atitudes do MPE e é isso que estou fazendo. Vamos pedir que o órgão faça inquérito civil e penal e promova ações que garantam segurança. Se o dinheiro não foi aplicado corretamente, ele deve ser devolvido”, explica Luiza.

A Prefeitura de Campo Grande pagou na época, R$ 10 milhões pela ferramenta, que nunca chegou a funcionar. Um relatório foi anexado pela Controladoria-Geral da União que aponta o envolvimento do ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB) e do deputado federal e ex-secretário Municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) em um “esquema de corrupção de R$ 10 milhões”, que foram usados na contratação do Gisa, segundo a CGU.

Os documentos constam no processo de inquérito de ação civil pública, que tramita no Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul, com o número 1.21.000.002.163/2013-64.

 Dany Nascimento