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Dourados registra 45 mortes de renais crônicos em 2014

Pacientes realizam hemodiálise enquanto esperam por transplante
Foto: Divulgação
[caption id="attachment_51306" align="alignright" width="300"] Pacientes realizam hemodiálise enquanto esperam por transplante
Foto: Divulgação[/caption]

Há um ano os transplantes de rins estão paralisados no Estado, o que ocasionou a morte de 45 renais crônicos somente no município de Dourados, segundo a Clinica do Rim. As informações são do  Dourados Agora.

Dessas 45 pessoas, seis estavam na fila de transplante e sete tinham termo de responsabilidade de negação (possíveis recusas por medo), 21 pacientes eram contra indicados para o transplante por complicações de outras doenças e 11 pacientes estavam no início do tratamento.

Os transplantes serão retomados em  janeiro de 2015, conforme acordado no último dia 10 em audiência em Campo Grande promovida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil ).

A presidente da Comissão de Assistência à Cidadania da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Tatiana Marques Garcia destacou as dificuldades dos renais no Estado. “Há 400 renais crônicos na fila aguardando a cirurgia. Muitos não têm condições financeiras e nem plano de saúde para buscarem auxílio em outro estado, pois o governo federal disponibiliza apenas a passagem de ida e uma ajuda diária de R$ 25”, comentou.

Ainda na audiência o diretor técnico da unidade, Luiz Alberto Kanamura disse,  que estrutura e equipe estão prontas para que as operações voltem a ser feitas, no entanto o problema está na redução da equipe que, segundo ele, conta hoje apenas com um nefrologista, sendo que são necessários pelo menos dois profissionais.

No final do ano passado a equipe da Santa Casa foi desabilitada pelo Ministério da Saúde para prestar o serviço no Estado e desde então, o hospital busca credenciamento. “O procedimento não é complicado, mas sim o pré e o pós-operatório, pois tem muitas intercorrências e um médico só não dá conta da demanda”, comentou Kanamura.

Em Dourados o presidente da Renasul, José Feliciano diz que as expectativas de reinício dos transplantes são grandes para evitar as mortes.

Tayná Biazus