MS Notícias

Descaso

Insatisfação predomina diante da situação da Antiga Rodoviária

Tonni Balejo

Medo, receio, insegurança, insatisfação, vergonha, descaso, abandono. Esses são alguns dos adjetivos falados por pessoas que trabalham, passam e moram próximo do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, conhecido como rodoviária antiga, que assim definem o prédio que não tem mais a chegada de ônibus intermunicipais e interestaduais há cinco anos.

A paisagem não é das melhores, pois quem olha, mesmo que seja rápido, se depara com garotas de programas, travestis, moradores de rua e principalmente, usuários de drogas e pequenos traficantes.

Com o passar do tempo, depois da desativação do Terminal Rodoviário, muitas lojas foram fechando as portas por causa da diminuição dos clientes, que acabaram se afugentando em decorrência das estruturas, do local, que se encontram precárias.

“Tudo mudou, mas mudou para pior. Eu consegui manter meus clientes, mas tem gente aí que acabou fechando o comércio. Aqui está abandonado pelo poder público, pois, sai governo entra governo, nada muda”, disse ao MS Notícias a cabeleireira Divanete Guedes.  

Outra reclamação é de funcionários de comércios e hotéis que ficam nas proximidades, já que, quem não tem condução própria, precisa esperar pelo transporte coletivo em pontos de ônibus que se tornam alvo de criminosos, que praticam furtos e roubos, mesmo com uma base da Guarda Civil Municipal no prédio do antigo terminal.  

“Os bandidos são ousados. Eu nunca fui assaltada e esperar aqui sozinha não dá. Tenho medo e vergonha desse local. Tudo aqui é ruim”, comentou a copeira Sulima Salina.

A camareira, Claudete Martins, que mora perto dali, e que fazia companhia para a copeira Sulima no ponto de ônibus, disse a predominância dos marginais é muita. “É muito perigoso. Têm amigas minhas que já foram assaltadas aqui. E vemos aqui, muitas adolescentes se prostituindo”, ressaltou Claudete.

A maior preocupação, de quem convive com a triste realidade, é durante o período noturno, em que, o quadrilátero do prédio, que engloba as ruas Dom Aquino, Barão do Rio Branco, Vasconcelos Fernandes e Joaquim Nabuco, acaba sendo dominado por dezenas de usuários de drogas, que não se intimidam, e fazem o uso de entorpecentes nas calçadas, para quem quiser ver. “Depois das seis da tarde, não dá pra ficar por aqui, pois fica muito perigoso. As pessoas tem medo de vir pra cá”, desabafou um comerciante da região que não quis se identificar.