MS Notícias

Trabalhadores da construção civil temem não receber reajuste em março

Divulgação

Os trabalhadores na indústria da construção civil de Campo Grande se reuniram hoje para discutir possibilidade de greve  caso a classe patronal não aplique o reajuste salarial referente à Convenção Coletiva de Trabalho 2015/16.

O reajuste de 12,80% para os pisos e para quem ganha acima dos pisos, passa a vigorar a partir de 1º de março, data base da categoria. O presidente do sindicato, Abelha Neto, espera que a categoria não tenha que recorrer a medidas extremas, como a greve, que realizou em 2014 para conseguir a aprovação de percentuais de reajuste dignos do trabalho dos operários.

“Este ano estamos pedindo um percentual justo, que nos dá uma pequena margem de lucro acima das perdas salariais para a inflação ocorrida nesses 12 meses que antecedem nossa data base”, explica Abelha.

Abelha, no entanto, admite que a categoria está receosa já que ainda não obteve resposta da classe patronal sobre pagamento do novo salário. “Nós encaminhamos a pauta de reivindicação, mas até agora a classe patronal ainda não marcou data para sentarmos e discutirmos os avanços que devemos aprovar em benefício da classe trabalhadora”, afirmou.

Além desse justo percentual de reajuste de 12,8%, que cobre as perdas da inflação e dá ganho real aos vencimentos dos trabalhadores, a categoria, segundo Abelha, também exige vale alimentação de R$ 15 diários; participação no lucro das empresas; cesta básica de alimentos; auxílio medicamento; abono de 15% em uma única parcela; café da manhã; qualificação de mão de obra e melhorias substanciais nas áreas de saúde e segurança no trabalho.