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Insegurança

Morte de detento evidencia fragilidade do sistema penitenciário

Wanderson Lara

A morte do detento, Daniel Inácio de Souza de 30 anos, cai como ponta de um ‘Ice Berg’ prestes a despencar. Isso conforme o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), que vê o aparecimento do preso enforcado na área chamada “seguro”, como  mais um ponto preocupante no sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul.

“O local chamado ‘seguro’ não está proporcionando segurança. É preciso providência já, pois o servidor não tem como ter controle. Isso prova o que o sindicato tem falado sobre o sistema penitenciário. É um sub-mundo em que há julgamento dentro do presídio. É um poder paralelo entre eles [detentos]”, comentou ao MS Notícias André Luiz Garcia Santiago, presidente do Sinsap.

Conforme informações ainda do Sinsap, o detento encontrado morto, que estava na cela com outros cinco homens, tinha 1,80 de altura, e a corda usada para o enforcamento continha 1,70, além dos pés da vítima estar encostados no chão e hematomas nos ombros, levando suspeitas de ter acontecido homicídio, já que na semana passada Daniel teria se desentendido com outros internos quando estava no pavilhão 1 do complexo.

O delegado adjunto da 3ª DP, Dmitri Erik Palermo, esteve no presídio e disse que o caso foi registrado como ‘morte a esclarecer’. “A morte desse detento vai ser investigada. Pode ser homicídio ou suicídio. Isso vai ser esclarecido”, comentou o delegado.

Nota Governo – Em nota, no site do governo do Estado, a morte de Daniel Inácio de Souza é tratada inicialmente como suicídio e relata as passagens pela polícia do interno que é do estado do Pará.