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Anel Viário

Se obra de Anel Viário não for retomada, Campo Grande pode perder R$ 18 milhões

Trecho da obra na saída para Rochedinho parada - Leide Laura Meneses

A situação do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte, que tem enfrentado uma crise atrás da outra, pode se agravar nos próximos dias. Olarte, que criticou a gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) pelo rombo do Gisa por ter causado prejuízo de R$ 8,2 milhões ao município, acabou cometendo o mesmo erro do ex-gestor. Só que dessa vez, o rombo é de R$ 18 milhões.

A prefeitura de Campo Grande corre risco de ter que devolver ao governo federal R$ 18 milhões que já recebeu do Ministério dos Transportes para execução das obras do anel viário, que se iniciaram em 2010 e deveriam ter sido concluídas em outubro de 2014. Segundo informações do Ministério, cerca de 30% da obra não foi concluída, pois a prefeitura não desapropriou algumas fazendas da região que abrangem perímetro do anel.

Caso a prefeitura não conclua a desapropriação até junho, quando completa um ano do último repasse de R$ 15 milhões do Ministério dos Transportes para concluir trecho que liga saída da Capital para Rochedinho à saída para Cuiabá, além de não ter acesso a esse recurso, que está, desde junho de 2014, disponível no Banco do Brasil, terá que devolver ao Ministério os R$ 18 milhões que já recebeu.

No trecho da saída para Rochedinho deveria existir um trevo que não foi construído, falta ainda asfaltar a área. Próximo ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito), à direita, há uma pista que já foi pavimentada, mas falta pequenos detalhes como sinalização e placas.

Caso o projeto seja suspenso por não cumprimento de prazo, para que a obra seja finalizada com recursos federais, a prefeitura terá de apresentar novo projeto e indiciar processo "do zero".

A reportagem entrou em contato com os titulares da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) para saber os motivos pelos quais o município não desapropriou ainda as áreas sabendo da proximidade do fim do prazo para conclusão da obras, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.