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Para evitar gastos, prefeitura propõe corte de serviços na Santa Casa

O superintendente do municipio adiantou que não fará novas propostas, e afirmou que a solução será cortar serviços ambulatoriais e de alta complexidade

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O impasse financeiro para custear os serviços de atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) prestados pela Santa Casa continua. Nesta manhã, uma nova reunião foi realizada no Auditório do Hospital, com a participação de representantes da prefeitura e do governo do Estado para buscar um acordo e evitar a possível redução no atendimento. Como não houve conformidade e o prazo para decisão referente aos repasses se estendeu para próxima quarta-feira, mas o município adiantou que não fará novas propostas, e afirmou que a solução será cortar alguns serviços prestados.

A Santa Casa de Campo Grande recusou a proposta encaminhada ontem, pelo prefeito Gilmar Olarte de custear mensalmente a entidade em apenas  R$ 1,5 milhão, dos R$ 3 milhões acordados anteriormente, deixando a cargo do Governo o restante do valor.

A redução desse repasse, segundo Superintendente de Saúde da Capital, Virgílio Gonçalves é devido à situação financeira complicada que o município enfrenta. “Nós devemos ajustar o pagamento dos prestadores com recurso que temos disponível, que no momento está limitado. Nessa ocasião nós entendemos que o governo deve auxiliar, pois o atendimento hospitalar abrange não só a população da Capital como também dos demais municípios”.

Em contra partida, o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares presente na reunião, afirmou que o discurso da prefeitura não justifica, pois “os atendimentos da população do interior já estão previstos no valor que a Capital recebe”, e ainda afirmou que o governo não transferirá este valor, pois cabe somente o município se reorganizar para ordenar a situação.

A condição estabelecida pela Santa Casa até o momento para prosseguir com os atendimentos normalmente, é que sejam repassados R$ 4,2 milhões para a entidade, R$1,2 milhão a mais em comparação ao contrato anterior, para bancar o aumento da procura dos serviços de alta complexidade.

 “Nós precisamos desse acréscimo, pois as demandas estão com proporções muito maiores, os atuais recursos não estão suprindo as necessidades da população. E ainda cogitam reduzir este valor, como estão propondo”, esclarece diretor-presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco.

Diante do impasse, o prazo para a decisão dos repasses foi prolongado para a próxima quarta-feira, dia em que acontecerá outra reunião entre os representantes. O superintendente adiantou que não fará novas propostas, e afirmou que a solução será cortar alguns serviços prestados , como “algumas consultadas ambulatoriais e serviços de alta complexidade que foram implantados no hospital regional e universitário nos últimos anos, por exemplo”.