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Conheça os segredos da dieta do Okinawa para viver além dos 100 anos

A província de Okinawa, um conjunto de ilhas no extremo sul japo­nês, tem a maior concentra­ção de habitantes que passa­ram dos cem anos, e tem mais, 80% dos idosos vivem de forma autônoma sem depender de ajuda de familiares ou cuidados médicos e hospitalares.

Genética? Segundo o car­diologista e geriatra Makoto Suzuki, diretor do centro de pesquisas sobre longevidade de Okinawa, hereditariedade ajuda, mas não é o fator determinante.

Ele explica que o ambiente e a qualidade de vida contam muito mais. Prova disso é que, segundo pesquisas, os okinawanos que vieram para o Brasil vivem, em média, 17 anos a menos que os que permaneceram na província.

A fama de Okinawa como cidade de longevidade ganhou mundo depois de notícias, recorrentes, de cidadãos locais que passaram dos cem anos. Um dos fatores é a alimentação. A população de Okinawa não só vive mais, como tem um risco muito reduzido de contração de diversas patologias como osteoporose, cancro do estômago e cancros hormono-dependentes como o da mama e próstata. Um dos motivos é a alimentação, que é anti-infamatória. Segundo pesquisas, a alimentação saudável garante cerca de 30% de anos a mais de vida.

A dieta dos okinawanos se baseia em cereais integrais, legumes, hortaliças, peixe, frutas, oleginosas e sementes, além de frutos do mar como lulas e polvo. Os legumes que comem são cultivados lá, como as batatas doces.

Outro segredo da dieta okinawana é o consumo de ervas e especiarias como a curcuma. Também é muito comum por lá, chá de jasmim. os okinawanos quase não tomam leite nem consomem seus derivados como manteiga, e não comem doces nem ingerem bebidas alcoolicas, salvo raras exceções. 

Para o geriatra Suzuki, a dieta alimentar é essencial para qualidade de vida e longevidade dos okinawanos, mas existem outros fatores de influência. Suzuki explica que para viver mais e melhor, basta seguir quatro pontos: ter bons hábitos alimentares e praticar exercícios físicos, cultivar a autonomia e espiritualidade, e ajudar o próximo, o que ele chama de apoio social.

Para Suzuki, qualquer pes­soa, em qualquer país, pode seguir a receita: "É possível mudar o estilo de vida. E fun­ciona", diz, baseado nas pro­vas vivas de sua terra natal.