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Romero e Chocolate deixam a base de Olarte e se declaram independentes

Eduardo Romero e Chocolate, novas defecções na base aliada de Olarte. - Wanderson Lara / MS Notícias

Na sessão de hoje (5), os vereadores Eduardo Romero (PTdoB) e Chocolate (PP), declararam que deixam a base aliada do prefeito Gilmar Olarte (sem partido) e passam a integrar o bloco dos independentes. Deixaram sua marca e sinalizaram suas intenções ao assinarem o requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de autoria do vereador Paulo Pedra (PDT).

Se Eduardo Romero vinha dando sinais claros de descontentamento, inclusive se colocando, em diversos depoimentos, em dissonância com seus companheiros de partido, a atitude do vereador Chocolate (Waldecy Batista Nunes) chegou a surpreender até mesmo aos vereadores da bancada de oposição quando anunciou em aparte ao vereador Chiquinho Telles que seria sua a décima assinatura no requerimento.

“Os servidores não merecem essa situação e o prefeito terá que vir explicar o que está acontecendo. Eu tenho compromisso com a população e ela tem me cobrado constantemente. Resolvi deixar a base aliada e assumir uma postura de independência e a melhor forma de permitir ao prefeito Gilmar Olarte, que é meu amigo, se defender é instaurando uma CPI. Estou agindo da mesma forma que agi no caso de Alcides Bernal. Entendo que se Olarte não aceita o convite para prestar esclarecimentos, eu dou a oportunidade para a sua defesa”, disse Chocolate.

Romero se disse indignado com o fato de o prefeito Olarte não haver “se dignado a comparecer àquela Casa para dar explicações sobre o descaso em relação aos servidores”, disse o vereador, que pediu desculpas aos seus companheiros de bancada por, mais do que divergir das orientações do partido, votar de acordo com suas convicções políticas e pessoais.

Outro que pode estar deixando a base do prefeito é o vereador Carlão (Carlos Augusto Borges), do PSB. Carlão usou do microfone para informar que, apesar da divulgação de um desentendimento que quase chegou às vias de fato com Paulo Pedra, o que houve foi apenas uma discordância normal no parlamento. “Eu apenas discordei do Paulo porque entendi que ele estava agindo em desacordo com o Regimento Interno, e isso não pode. Somos escravos do Regimento”, disse Carlão, para depois informar que haverá reunião partidária para que seja discutida a postura em relação ao governo municipal.

Olarte foi cobrado também pela vereadora Carla Stephanini, que apontou erros de gestão na perda do ICMS e da crítica que o prefeito fez a respeito do aumento do IPTU, que ele pretendia que fosse de 23% e que a Câmara aprovou com o índice de 12%. Também cobrou explicações em relação às obras paradas e que são feitas com recursos federais. “Onde estão os recursos das contrapartidas das obras federais?”, questionou a vereadora.