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Para evitar greve de enfermeiros, Prefeitura garante repasse à Santa Casa até às 16h de hoje

Secretário Jamal Salém e enfermeiros em frente à Sesau/Foto: Wanderson Lara

A paralisação dos enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande surtiu efeito e diante da ameaça de greve geral a partir de sexta-feira, o secretário municipal de saúde Jamal Salém, anunciou há pouco, que a Prefeitura irá pagar os R$ 3,750 milhões que deve à Santa até às 16h de hoje.

O valor é parte restante de um montante de R$ 8,3 milhões, a outra parcela foi paga no final da tarde da última sexta-feira. Atualmente, 1200 enfermeiros atuam na Santa Casa. Caso pagamento seja confirmado hoje, os trabalhadores retomam as atividades normalmente a partir de amanhã.

Hoje, no início da manhã, indignados por não terem recebido salário, que deveria ter sido pago na última sexta-feira, cerca de 500 enfermeiros marcharam da Santa Casa até a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para exigir um posicionamento do município. A categoria, segundo presidente do Sisem (Sindicatos dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana havia concedido prazo de 3 dias para Prefeitura efetuar pagamento, caso contrário entrariam em greve.

Impasse

O secretário municipal de saúde Jamal Salém conversou com imprensa e informou que a Prefeitura propôs à Santa Casa um novo contrato com validade de um mês. Segundo Jamal, o contrato teria vigência durante mês de junho para que neste período uma comissão formada por profissionais da saúde e técnicos em contabilidade do Estado e do Município analise a situação financeira do hospital, porém, Jamal afirma que o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco se nega a assinar o contrato. "Precisamos de um tempo para analisar as contas da Santa Casa porque o Estado não irá ajudar no custeio das despesas do hospital sem saber exatamente qual real situação financeira, porém o Teslenco sequer me atende. Tenho registradas diversas ligações para ele, mas ele não quer conversar", diz Jamal.

Caso contrato não seja assinado, a partir do dia 1 de junho, a Santa Casa não receberá mais recursos do município, de R$ 3 milhões por mês, e é responsável por gerenciar os repasses de recursos do SUS (Sistema Único Saúde) ao hospital, o que representa cerca de R$ 14 milhões ao mês.