Bancada federal do PMDB e PSB tentam manter superintendente da CEF em MS
Membros da bancada federal de Mato Grosso do Sul se reuniram esta semana com presidente da Caixa Econômica Federal, Mirina Belchior, para solicitar, mais uma vez, a permanência do superintendente regional de CEF em Mato Grosso do Sul Paulo Antunes de Siqueira que será substituído a partir do início de julho por Evandro Narciso de Lima, do Estado do Pará. Antunes será transferido para Minas Gerais.
Embora CEF alega ser de praxe transferência de superintendentes e afirma que no caso de Antunes a mudança para Minas engloba ainda promoção salarial, os deputados federais Carlos Marun (PMDB-MS), Tereza Cristina (PSB), Geraldo Resende (PMDB) e os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB têm criticado arduamente a saída da Antunes e decidiram solicitar pessoalmente à presidente da Caixa permanência do superintendente no Estado.
A bancada apresentou a Belchior as razões das lideranças empresariais do Estado, especialmente porque Antunes conhece a realidade local e tem sido articulador de importantes projetos, tanto de desenvolvimento, como de infraestrutura para os 79 municípios. Sua substituição geraria naturalmente interrupção desses projetos, retardando obras e serviços importantes para a continuidade do crescimento estadual.
Marun explica que foram apresentadas as diversas manifestações contrárias à transferência de Antunes em documento assinado pela Federação das Indústrias, Federação do Comércio, Associação dos Municípios, Câmara de Valores Imobiliários, Sindimóveis e Secovi, além do interesse de parte expressiva da bancada federal – dois dos três senadores e três deputados federais.
“A presidente da Caixa teve noção bem clara de que as forças econômicas e políticas do Estado não aprovam a transferência, sobretudo neste momento de crise em que vive o País”, explicou Marun.
O deputado acredita que não é o momento oportuno para esse tipo de mudança, lembrando que ano passado a Caixa transferiu R$ 8 bilhões para os diversos segmentos econômicos do Mato Grosso do Sul. "O fluxo desses recursos não pode parar, sob pena de comprometer milhares de empregos e paralisar centenas de projetos", advertiu Marun.