Crise econômica afeta mercado de aluguel de imóveis em Corumbá
O setor imobiliário de Corumbá vive hoje uma realidade diferente de alguns meses atrás, quando praticava um dos mais lucrativos preços de aluguel de Mato Grosso do Sul. A crise que assola a economia brasileira refletiu no município e hoje, o panorama é outro.
Demissões no setor de mineração, também ajudaram a mudar o cenário, já que funcionários vindos de outras cidades para morar aqui enquanto trabalhavam, ocupavam boa parcela dos imóveis em aluguel na cidade, o que tornava o mercado com preços quase estratosféricos. Agora a situação já não se repete.
“Para termos noção, imóveis que antes custavam cerca de 3 mil reais mensais o aluguel, hoje estão custando 2,5 mil. Apartamentos que estavam 2 mil, hoje é possível alugá-los por 1,5 mil. O setor está parado no momento.”, afirmou Nássara S. Fernandes, proprietária de uma imobiliária em Corumbá.
O corretor de imóveis e proprietário de outra empresa do setor, Ronaldo Faro Cavalcante, afirma que a crise econômica no país também ajuda na perspectiva de queda dos aluguéis na cidade.
“Os locatários que estão com contratos a vencer já estão verificando a possibilidade de pedir para os locadores uma redução no preço ou que se mantenham os mesmos, visando que esse imóvel não fique desocupado. Um imóvel fechado traz sérios prejuízos ao proprietário, pois ele pode ser invadido, sofrer diversos furtos. É perder investimento”, afirmou.
Ronaldo aponta que os proprietários devem manter um diálogo aberto com os locadores. “No momento, os locatários estão sinalizando que estão abertos ao diálogo, e havendo uma contraproposta do locador, há a negociação, a intenção, friso, é não deixar com que o imóvel fique fechado”, destacou ao ressaltar que tem esperanças de que o período de crise passe logo.
“O mercado de imóveis de Corumbá varia muito de acordo com o fundo de investimento que as mineradoras praticam na cidade. Acredito que isso seja sazonal e logo teremos outro investimento na cidade e o mercado de aluguéis voltará a ser aquecido”, completou.
Já para os locatários, ele dá a principal dica: diálogo. “Minha dica para quem está procurando um imóvel, é negociar e ter em mente o salário da família, saber a renda a ser aplicada e visitar, analisar bem o imóvel, pois se o consumidor pegar o primeiro imóvel que aparece, pode correr o risco de ficar com uma casa que o desagrade, ou não conseguir arcar com o aluguel depois. A hora é de negociar, mas negociar com consciência”, concluiu.
