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Operação Coffe Break

Sem oitivas no Gaeco, trabalhos da Comissão de Ética "esfriam" na Câmara de Vereadores

Os trabalhos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) seguem ‘em pausa’ até esta terça-feira (22). No momento, documentos estão em análise, após os depoimentos colhidos que envolvem a Operação Coffe Break, assim como na semana passada.  

Ao todo foram recolhidos 17 celulares para análise de ligações e troca de mensagens, porém o resultado da perícia ainda não chegou às mãos do promotor Marcos Alex Vera. Foram ouvidas em torno de 20 pessoas entre vereadores e empresários, incluindo o ex-governador André Puccinelli (PMDB). A expectativa gira em torno do depoimento do ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), porém deve ser ouvido somente na reta final das investigações. 

“Esfriou”
Com a “pausa”, o clima acabou esfriando na Câmara de Vereadores, gerando ainda mais a expectativa da população, que cobra uma posição da Casa de Leis. A Comissão de Ética apura possível quebra de decoro dos vereadores investigados na Operação Coffe Break e alegou que enquanto não receber o relatório do Gaeco não tem como adiantar nenhum trabalho. No início do mês, o convocado pelo Gaeco como testemunha para dar esclarecimentos e sendo um dos membros da Comissão de Ética, o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), lamentou a investigação dos colegas e afirmou que as investigações devem ser feitas de forma rápida e prática. “É difícil julgar os colegas, temos que analisar a situação com clareza. Essas investigações atrapalham os projetos para Campo Grande, temos que trabalhar o mais rápido possível, com certeza é o momento político mais difícil que já enfrentamos”, destacou o vereador.

A Comissão de Ética é presidida por João Rocha (PSDB) e tem como membros, Chiquinho Telles, vice-presidente (PSD), Herculano Borges (SD), Ayrton de Araújo (PT) e Vanderlei Cabeludo (PMDB). São investigados os vereadores Mario Cesar , afastado do cargo de presidente da Casa, Edil Albuquerque, ex-líder do prefeito afastado Gilmar Olarte, e Paulo Siufi, todos do PMDB; Airton Saraiva (DEM); Chocolate (PP); Gilmar da Cruz (PRB); Edson Shimabukuru (PTB); Carlão (PSB); e Jamal Salém (PR), ex-secretário de Saúde do Município, que retornou à Câmara após o afastamento do prefeito.