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Com 95 mil vagas de empregos fechadas, governo aposta na recuperação da economia para 2016.

SINTRAICCCM

Dados do Caged ( Cadastro Geral de Empregos e Desempregados ), apontam que as demissões superaram o número de contratações pelo 6º mês consecutivo em setembro e é o pior da história desde 1995. Cerca de 95.602 vagas de trabalho foram perdidas no país, mas apesar da retração da economia e o número negativo nos postos de trabalho, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acredita na grande capacidade da recuperação da economia brasileira e espera que a retomada do crescimento econômico venha em 2016.

Setembro registrou o pior desempenho no mercado de trabalho, desde 1995 não se via tantas vagas fechadas (67.242), segundo o Caged. No acumulado de 12 meses foram 1.238.628 postos de trabalho fechados, e o setor de serviços foi o que mais sentiu o reflexo da crise que teve a redução de 33.535 postos perdidos, seguido pela construção civil - 28.221, comércio - 17.253, indústria - 10.915 e agricultura que fechou 3.246 vagas.

As regiões mais atingidas pelas demissões foram o Sudeste com 88.204 vagas perdidas nos estados de São Paulo e Minas que elevaram o número negativo, o Sul com 21.088 cortes e o Centro-Oeste que perdeu 8.958 vagas.

Segundo Márcio Borges que é diretor do Departamento de Emprego e Salário da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, "o dado está mostrando o comportamento do mercado. De fato,os meses de setembro são mais positivos e, neste mês agora, tivemos uma perda de 95 mil empregos. Mas isso também não é nenhuma surpresa,porque temos um comportamento nos últimos meses com uma série mais declinante", disse o diretor.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy, avalia que "nossa economia já tem respondido positivamente. Eu tenho absoluta convicção que, superadas algumas turbulências que a gente está vendo nesses dias, haverá uma recuperação importante e, com isso, nós também vamos ver a arrecadação respondendo de uma maneira positiva", disse o ministro, referente a algumas medidas tomadas pelo governo para retomar o crescimento econômico do país, entre as ações defendida pelo ministro, está a de simplificar o recolhimento de tributos.

Para Levy, a diminuição nos custos das obrigações com impostos é muito importante, pois eleva a capacidade de arrecadação, facilitando assim a vida dos contribuintes, gerando riqueza e bem-estar para a população, e na visão do ministro, " a governança fiscal será cada vez mais importante".