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PEC que impede Executivo de legislar sobre veto não apreciado recebe aval de 30 senadores

Moka diz que prática atual afeta prerrogativa do Legislativo de propor leis.

Uma proposta de emenda à constituição (PEC) que impede o Executivo de editar medida provisória (MP) ou propor projeto de lei vetado, cujo veto esteja pendente de apreciação durante esta semana.

A proposta recebeu o aval de 30 senadores, entre os quais José Serra (PSDB-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia (PP-RS), Humberto Costa (PT-PE), Marta Suplicy (PMDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Walter Pinheiro (PT-BA). 

De acordo com Moka, nos últimos anos, têm sido muito comum o presidente da República vetar projeto de lei aprovado pelo Congresso para, em seguida, editar uma medida provisória ou enviar proposição semelhante ao Legislativo.

“Trata-se, indiscutivelmente, de prática que representa desrespeito às Casas Legislativas que, na maior das vezes, debateram e analisaram a matéria por meses e até anos antes de aprová-la”, argumenta.

O parlamentar diz que, na prática, a postura do Executivo pretende esvaziar a competência do Congresso de apreciar os vetos. “Impõe-se, certamente, em nome do equilíbrio entre os Poderes, cláusula pétrea da nossa Constituição, impedir essa prática”, explica Moka.

Segundo ele, a PEC não busca restringir o poder de iniciativa do presidente que, em condições normais, permanece intacto. “O que não pode é combinar o poder de veto com o de iniciativa para se sobrepor ao Poder Legislativo, quase substituindo-o”, reforça.