Para Dagoberto, pedaladas fiscais são argumentos insuficientes para derrubar Dilma
Presidente da executiva regional do PDT em Mato Grosso do Sul, deputado federal Dagoberto Nogueira afirmou ao MS Noticias que observa com ressalvas o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) apresentado na última quarta-feira(2) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Segundo pedetista, se o pedido para retirar o cargo da chefe do Executivo, formulado pelo jurista e fundador do PT, Hélio Bicudo, tiver embasado apenas nas pedaladas fiscais do governo, dificilmente, de acordo com Dagoberto, a solicitação terá êxito. “Pedaladas fiscais, que é a retirada de dinheiro de um lugar para aplicar em outro é comum e todos os governos já fizeram, Fernando Henrique já fez, ex-presidente Lula já fez, Itamar Franco também fez. Prefeitos, governadores também já fizeram e ninguém foi penalizado por isso”, argumenta o deputado.
Dagoberto Nogueira integra Comissão Especial que apresentará parecer prévio sobre recomendação ou acolhimento do impedimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O documento elaborado por Hélio Bicudo está sendo considerado o mais importante dos 34 protocolados em 2015. “No meu entendimento pedaladas fiscais não são argumentos fortes para retirar a Dilma, ao não ser que tenha algum fato novo, que nós não estamos sabendo”, acrescentou Dagoberto.
Se os deputados votarem pelo prosseguimento do impeachment, Dilma terá 20 dias para contestar a decisão e apresentar provas de sua inocência. O relatório da comissão especial será encaminhado ao plenário da Câmara dos Deputados para decidir se acata ou não o pedido. Para que seja aceito o pedido de impeachment pelo plenário são necessários votos favoráveis de pelo menos 342 deputados, ou seja, dois terços da composição da Câmara. Para derrubar o pedido de impeachment Dilma precisa garantir 171 votos.