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'Sem limites'

Bolsonaro diz que "usava auxílio maradia para comer gente", ja que era solteiro

“Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava para comer gente. Tá satisfeita agora ou não?”, ofendendo a jornalista.

Imagem/Ilustrativa

O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou que usava o dinheiro do auxílio-moradia que recebe da Câmara dos Deputados para "comer gente". A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ontem, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ), pré-candidato à Presidência da República, defendeu nesta quinta-feira o uso do auxílio-moradia de R$ 4.253,00 pago aos parlamentares além dos R$ 33.763 de salário. O presidenciável, que recebe a verba mesmo tendo imóvel próprio em Brasília, afirmou que, como era solteiro, usou o dinheiro para “comer gente”.

Ao ser perguntado, o pré-candidato negou ter usado verba do auxílio para financiar um de seus apartamentos e debochou: “Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava para comer gente. Tá satisfeita agora ou não?”, respondeu. Bolsonaro disse ainda que aquela era a resposta que a repórter merecia e perguntou se ela queria que ele prestasse “continha”.
 quinta-feira, 11. Na ocasião, o político respondeu questionamentos sobre a investigação feita pelo mesmo jornal, publicada no último domingo, 8, que mostrava que o patrimônio do parlamentar e de seus outros três filhos envolvidos na política se multiplicou em poucos anos. Na conversa, o deputado atacou o jornal e a imprensa.

“Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava pra comer gente, tá satisfeita agora ou não? Você tá satisfeita agora?”, respondeu à repórter quando questionado sobre o uso da remuneração, já que o deputado possui apartamentos em Brasília e não precisaria do benefício. O parlamentar havia afirmado em vídeo, no Facebook, que estava pensando em abrir mão do auxílio-moradia e vender seu apartamento.

O político respondeu ainda que havia cometido um “deslize” quando disse, em entrevista à TV Bandeirantes em 1999, que teria sonegado impostos. Na ocasião, Bolsonaro havia falado que sonegava “tudo que é possível”. Na entrevista à Folha, ele se defendeu, definindo a afirmação como um “desabafo” em representação do povo.

O deputado ainda declarou que, caso seja eleito presidente, responderia apenas à “imprensa séria”. “Eu respondo a quem eu quiser”, disse.