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REAL

Grupo de MG se apresenta hoje na Capital e traz histórias reais para o palco

"Quatro histórias apresentadas no mesmo espetáculo. Hoje é última apresentação do grupo em MS"

Equipe de atores do Grupo Espanca. - Tero Queiroz

O grupo Espanca, de Belo Horizonte, Minas Gerais, se apresenta também hoje quinta-feira (05), após ter tido a estréia em Campo Grande, ontem, quarta-feira (04) a noite, as 19h. "Nós nunca viemos aqui, está sendo ótimo conhecer vocês", comentou os integrantes durante bate-papo com o público pós-espetáculo.  

Espanca traz para o palco o compilado de 4 histórias reais que retratam fatos que aconteceram no Brasil. De forma visceral o grupo trás a tona com a magia e o desenho inesquecível do teatro uma genialidade cênica de encher os olhos dos espectadores. O espetáculo chamado "REAL",  e de acordo com o grupo essa é a sétima criação do Espanca. 

Bate-papo pós espetáculo.

"É... sentimos muita dor ao contar histórias tão reais, sabendo que aconteceu e acontece em nosso país! Mais sentimos prazer também, em trazer essa discussão em forma de arte", explica o grupo. 

As quatro histórias descrevem de forma bastante viva os sentimentos de personagens que se envolveram em casos bárbaros, como um homem que perde seu braço, uma mulher que é confundida com uma bruxa e espancada até a morte, a trama ainda passeia pela realidade dos bailes funks e o retrato de uma família devastada pela violência policial. 

Com pequenos intervalos para troca de cenário o espectador ainda é convidado a acompanhar a montagem dos cenários econômicos para cada parte. O espetáculo se inicia em uma sala, com o pai e filhas expostas a ausência da mãe, esse ato é denominado:

- INQUÉRITO: pai e filhas brincam de um jogo de perguntas e respostas enquanto tentam conviver com a morte violenta da mãe que assombra a todos constantemente.

Preparação para abertura do espetáculo. Cenário, cena inicial. 

Em seguida em uma sensacional criação o grupo te apresenta um dos textos mais instigantes da obra que narra de forma lúdica a história do rapaz que perde seu braço e espera uma resposta, esse trecho foi denominado:

- O TODO E AS PARTES: um jovem é atropelado e tem seu braço amputado. A velha lei diz que o homem culpado deve ceder um de seus membros à vítima como reparação. O braço arrancado
torna-se o personagem central da trama. (Não fiz foto dessa, vocês precisam ver com os próprios olhos). 

O espectador sem dúvida vai querer ver com seus próprios olhos, hoje a noite, esse trecho é simplesmente de "arrepiar"! O grupo trás ao seu público, uma mistura de brincadeiras e danças, que ilustram um baile funk cheio de surpresas , denominado:

- PARADA SERPENTINA: quando um grupo se movimenta, corpos-lixo se amontoam e paralisam cidades maravilhosas. Toda multidão é um bololô desgovernado.

Durante a cena. Os personagens interagem, mesclando bailes funks e habitos noturnos. 

O último e talvez, mais dramático, místico e simbólico texto do espetáculo, trás para cena senssações mistas e um desenho de luz que te faz querer dançar, com muito vontade até o fim. Esse trecho é denominado: (Optei também por não fazer foto dessa cena, vocês precisam ver). 

- MARÉ: um fluxo sonoro: uma família narra, sob diferentes pontos de vista, a vida na favela onde mora.

O grupo se apresenta hoje as 20h no Teatral Grupo de Risco, o espetáculo conta com intérprete de libras. As entradas custam R$ 10,00 (inteira)  e 5,00
(meia).  

FICHA TÉCNICA:

Direção Geral: Gustavo Bones e Marcelo Castro
Equipe de Criação: Alexandre de Sena, Aline Vila Real, Allyson Amaral, Assis Benevenuto, Eduardo Felix, Gláucia Vandeveld, Gustavo Bones, João Filho, Karina Collaço, Leandro Belilo, Marcelo Castro e Michelle Sá
Dramaturgos: Diogo Liberano, Márcio Abreu e Roberto Alvim
Coordenação de Produção: Aristeo Serranegra
Cenografia: Adriano Mattos, Ivie Zappellini e Grupo Arquitetura 
Iluminação: Edimar Pinto
Figurino: Gustavo Bones e Helaine Freitas
Projeto Gráfico: Estúdio 45Jujubas
Fotos: Guto Muniz
Realização: Espanca. 
Classificação: 16 anos
Duração: 100 min