George Takimoto
George Takimoto não ousa falar e aparecer muito, mas é realizada
O perfil de George Takimoto tem as características de um cidadão discreto, mas realizador e muito competente. Natural de Lavínia-SP, veio ainda menino com a família para Dourados. Estudou no Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, e formou-se em medicina pela Faculdade da Santa Casa de São Paulo, da USP., na capital paulista. É reconhecimento como um dos maiores cirurgiões do País. Na vida pública sua digital está em várias e importantes obras de Dourados e de vários outros municípios de Mato Grosso do Sul.
Em entrevista à Folha de Dourados, Takimoto reconhece seu perfil comedido "talvez pela minha descendência nipônica" e "não ouso falar muito e nem tampouco aparecer muito", mas relacionou uma extensa folha de serviços prestados enquanto vice-prefeito, deputado federal, vice-governador e agora como deputado estadual no segundo mandato.
Takimoto, por exemplo, trouxe para Dourados o CAIC, do Terra Roxa, foi um dos idealizadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, viabilizou recursos para canalização do córrego Rego D’água, apresentou o projeto para a criação da Santa Casa de Dourados, hoje Hospital Universitário, é co-fundador dos hospitais Santa Rita e São Luiz, entre outras obras estruturantes de Dourados e região.
Foi Takimoto, enquanto deputado estadual, que idealizou e viabilizou a construção do Hospital Regional de Dourados quem conseguiu a doação da área de 05 hectares, junto ao empresário Adão Parizotto. Também tramita um projeto dele criando a Loteria da Saúde para potencializar com recursos os serviços nos municípios.
Ele defende o aumento da representatividade da região de Dourados no Congresso Nacional, tanto é que se coloca como pré-candidato a deputado federal nas eleições de 7 de outubro. No entendimento de Takimoto, somente com uma bancada mais forte será possível canalizar recursos e programas federais aos 40 municípios da região.
Leia a seguir, a entrevista.
Folha de Dourados - Como o senhor iniciou a vida pública?
George Takimoto - Bem, comecei com vice-prefeito de Dourados, depois fui a deputado federal, vice governador e, ultimamente, estou no meu segundo mandato de deputado estadual.
Deputado, muita gente se queixa de que, na política, a maioria é de falar muito e fazer pouco. Como é o deputado George Takimoto?
Na verdade, talvez pela minha descendência nipônica, não ouso falar muito e nem tampouco aparecer muito. Mas, tenho uma folha de serviços prestados à população que me orgulha e me motiva em querer continuar trabalhando, inclusive, como ficha limpa, na vida pública.
O senhor pode decliná-la aos nossos leitores?
Claro, com muito prazer. Talvez não me lembre de tudo, mas, recordo-me, por exemplo, que viabilizei o CAIC, do Terra Roxa, que é uma escola de ensino integral, e que é uma das maiores de Dourados.
Fui pioneiro na criação da Universidade Estadual, que hoje tem a sua sede em Dourados. Trabalhei muito em seu primeiro projeto. Na época, até colocamos o seu primeiro nome, que foi Universidade Latino-americana (UILA).
Trouxe os recursos para a obra de canalização do córrego Rego D’água. Obra cara, mas trouxe.
Viabilizei recursos para a implantação da Escola Agrícola Padre André Capelli, no distrito de Panambi, que funciona, plenamente, até hoje.
Idealizei e apresentei o primeiro projeto do anel viário de Dourados, conhecido por Perimetral Norte, inclusive, trazendo o primeiro aporte de recursos para essa obra.
Apresentei a primeira ideia para a criação e implantação do Hospital Universitário de Dourados, à época chamado Santa Casa. Tudo começou com uma audiência que tive com o então ministro Alceni Guerra, que, de pronto, concordou comigo. A partir daí iniciaram-se as tratativas sobre a obra. Hoje, o HU é o maior hospital do interior do Estado. Também fui o primeiro deputado a trazer recursos de Emenda Federal para a construção do mesmo.
Idealizei e trouxe os recursos para o então Hospital de Vila Vargas, de importância estratégica não só para aquele distrito, mas, também, para todos os demais distritos e comunidades rurais daquela região. Participei intensamente na construção e implantação dos hospitais Santa Rita e São Luiz, ambos de Dourados.
A Patrulha Mirim de Dourados também é um projeto nosso. Fui no limite de minha capacidade para ajudar na sua implantação, obra que, ao longo dos anos, tem apontado o bom caminho para centenas de adolescentes de nossa cidade.
Tenho o maior orgulho de ter arranjado os recursos para a construção do Conjunto Habitacional Izidro Pedroso, hoje, totalmente incorporado à malha urbana de Dourados.
Quanto à Escola de Língua Japonesa, pediu-me, a colônia nipônica, para doar o terreno. Atendi, não só doando o terreno como ajudei, no que pude, na construção do prédio.
Consegui, junto a uma Ong japonesa, chamada Jaica, os recursos para a construção da Casa do Estudante nipo-descendente, no Jardim Flórida I.
Contribuí, pessoalmente, com doações para a construção da sede do Coral Guaraobi, próximo da antiga Rádio Clube de Dourados.
Idealizei o projeto para a retirada do presídio antigo de dentro de Dourados. Todos sabem do transtorno que causava aos moradores do Grande Flórida. Consegui a construção do Presídio de Segurança Máxima, tudo começando com uma audiência que tive com o então Secretário de Segurança Pública, meu amigo Roberto Orro.
Consegui os recursos para o recapeamento do trecho Dourados-Caarapó e também para o trecho Dourados-Ponta Porã, atendendo, à época, uma importante reivindicação.
Também, como homem público, trouxe vários outros recursos para Dourados, como para esgotamento urbano e rede de água. Lembro-me, também, de 04 ônibus destinados ao transporte escolar.
Algo que me deixa muito feliz foi ter trazido e/ou participado da vinda de obras estruturantes e que atendem não só Dourados, mas os quase um milhão de habitantes da nossa região, como as que citei: Universidade Estadual e Hospital Universitário.
Todos sabem que Dourados está prestes a ter mais uma obra estruturante, na área da saúde, que é o Hospital Regional. O que o senhor tem a ver com essa obra?
Sinto-me feliz por ter sido, novamente, o protagonista de mais uma grande obra, e dentro daquilo que, como disse, gosto de pensar – obras estruturantes para atender toda a nossa região, a partir da cidade-polo que é Dourados. O Hospital Regional, que está para acontecer, modéstia à parte, não só fui o primeiro a pensar nele, mas, também, quem conseguiu a doação da área de 05 hectares, junto ao empresário e meu amigo Adão Parizotto.
Deputado, o senhor, como poucos, conhece o SUS. E o maior problema desse programa, como todo mundo sabe, é a falta de recursos. O deputado tem proposta para esse problema, sendo ele de nível federal?
Sim, apresentei um projeto que reputo da maior importância, que é o da Loteria da Saúde, mediante o qual, o lucro auferido em cada município, ficaria no próprio município, potencializando a saúde pública local. Sei o quanto isso é difícil, mas, dessa proposta não abrirei mão, tendo em conta que, "as maiores proezas da história foram conquistas do que parecia impossível", segundo Chaplin.
Na Assembleia Legislativa o senhor costuma ser lembrado como um dos deputados que mais tem apresentado propostas que contemplam não só Dourados, mas toda a nossa região. Além das obras que o senhor já citou, teria mais algumas?
Sim, nesse sentido lembro de propostas como a conclusão do Frigorífico do Peixe. Dourados já tem o Núcleo de Pesquisa do Peixe (Embrapa), tem a o Curso de Engenharia da Pesca (UFGD), só falta concluir esse frigorífico para completar a cadeira produtiva do peixe, que irá atender aos piscicultores de tanques escavados e tanques-rede de Dourados até o Paranazão, com certeza.
Também para região, tenho trabalhado a proposta de implantação de usinas de plasma, para o lixo urbano. É o que há de mais moderno e sem custos para as prefeituras. O lucro da empresa se dá com a transformação do lixo em energia elétrica. Isso acabaria com os lixões a céu aberto de vários municípios.
A região também precisa da transformação das pontes de madeira em pontes de concreto; precisa de bibliotecas públicas ambientais; precisa de uma Unidade da Embrapa para a Agricultura Familiar; de Laboratórios de Sementes e Viveiros de Mudas para o reflorestamento das matas ciliares. Tenho trabalhado essas propostas, seguidamente, e, caso alguém queira cópias para melhor conhecê-las é só acessar deputadogeorgetakimoto@ gmail.com.br.
Agora, o senhor e pré-candidato a deputado federal e não pode ainda falar como candidato. Mas, tire aqui uma dúvida: propostas como essas, para quem é mais fácil fazer acontecer: para um deputado estadual ou para um deputado federal?
Fazendo uma análise comparativa, ao longo de um mandato parlamentar que é de quatro anos, veja bem, enquanto um deputado estadual conta com apenas R$ 6 milhões de recursos de emendas parlamentares, um deputado federal conta com nada menos do que R$ 60 milhões. Por aí você vê o pode um deputado federal, no sentido de trazer recursos e possibilitar convênios para obras e programas entre aos governos municipais, estaduais e federais, além do que pode viabilizar, diretamente, junto aos Ministérios, que contam com dotações orçamentárias próprias.
Daí a necessidade de Dourados e região ampliar a sua representatividade no Congresso Nacional?
Obviamente, já que a nossa situação é paradoxal. Veja bem: se por um lado temos a Grande Dourados com o maior colégio eleitoral do Estado (cerca de 40 municípios), por outro, nossa representatividade política, em Brasília, continua pífia, baixíssima – razão pela qual os recursos para Dourados e região serem tão minguados.
E sempre foi assim, deputado?
Não, absolutamente, houve tempo em que Dourados e região chegou a eleger três deputados federais, para uma única legislatura. Por isso, face aos recursos citados, é só multiplicar o que se tem hoje por três para ver o quanto perde Dourados e região, pela falta de deputados federais.
