Confiança
Confiança no setor serviços cresce 5,1% no Brasil em novembro
O indicador chegou ao maior nível histórico desde os 95,9 pontos de abril de 2014.
A Fundação Getúlio Vargas registrou alta de 5,1% no Índice de Confiança de Serviços (ICS) em novembro. Com o salto de 88,3 para 93,4 pontos, o indicador chegou ao maior nível histórico desde os 95,9 pontos de abril de 2014.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre–FGV), em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,5 ponto, mantendo o sinal positivo pelo quarto mês consecutivo.
Segundo a FGV, a alta do índice de confiança foi disseminada, atingindo 85% das 13 principais atividades pesquisadas.
O Índice de Expectativas (IE) avançou 8,3 pontos em novembro, indo para 99,4, maior nível desde os 99,9 pontos de fevereiro de 2014 – esta é a maior alta de crescimento na margem do IE desde o início da série histórica da pesquisa, em junho de 2008.
Os dois quesitos que compõem o índice contribuíram positivamente para o resultado: o indicador tendência dos negócios cresceu 8,3 pontos e o indicador demanda prevista subiu 8,0 pontos.
Para o consultor da FGV, Silvio Sales, o avanço significativo da confiança em novembro está intimamente ligado à melhora das expectativas empresariais que parecem refletir os efeitos do resultado das eleições.
“Essa melhora no ânimo das empresas, no entanto, não altera o fato de os indicadores de confiança permanecerem ainda na faixa abaixo dos 100 pontos, o que significa dizer que há o predomínio de respostas negativas sobre o ambiente de negócios”, ressaltou Sales.
Para ele, “a confirmação da melhora na curva de confiança do setor estará, provavelmente, condicionada ao andamento do processo de transição para o novo governo”.
Intenção de demitir é a menor dos últimos 4 anos
A forte elevação das expectativas do setor de serviços trouxe um reflexo importante no índice que mede o ímpeto de emprego: ao crescer 5 pontos na passagem de outubro para novembro, o percentual de empresas que informaram planejar cortes de pessoal nos próximos três meses apresentou o menor nível desde setembro de 2014.
A edição de novembro da pesquisa coletou informações de 1.886 empresas entre os dias 2 e 26 deste mês.