ALTOS VALORES
Cerca de 355 aderiram ao parcelamento da energia em MS
Proposta teve início de adesões no dia 20 de janeiro
Do dia 20 de janeiro até hoje (5), cerca de 355 pessoas aderiram ao parcelamento da conta de energia. A proposta foi feita pela empresa responsável pelo fornecimento de energia, Energisa, em acordo com a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon), após registradas 330 reclamações feitas por consumidores, denunciando o aumento expressivo nos valores da energia no mês de janeiro em Campo Grande.
Segundo o site Correio do Estado, o parcelamento, conforme a Energisa é um meio de garantir ao consumidor que a dívida possa ser quitada, sem que pese na renda da família. A empresa justificou inicialmente que o aumento dos valores se deu, devido à altas temperaturas, que elevaram os gastos de eletrodomésticos nas residências, como ar-condicionado.
O tema chegou a ser debatido na solenidade de abertura do ano legislativo, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS). No entanto, deputados decidiram encaminhar, por requerimento, pedido para que a Energisa, apresente justificativa plausível sobre os aumentos nas contas de energia nos últimos meses. “Se a justificativa não for plausível, vamos abrir uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”, adiantou Herculano Borges (SD).
O aumento expressivo no valor da conta também chamou a atenção de Marçal Filho (PSDB). De acordo com ele, foram constatados abusos em todo o Estado. “Na Câmara de Fátima do Sul, no recesso, sem o ar [condicionado] ligado, a conta veio mais cara que no mês anterior”, exemplificou.
Para protestar contra o aumento da energia, um abaixo assinado está sendo feito por populares, através da internet. O idealizador do movimento chamado "Energia Cara Não", Venício Leite, de 52 anos, morador de Campo Grande, explica que o documento pede transparência e investigação a política de preços aplicada pela Energisa em Mato Grosso do Sul.
"Queremos que não sejamos mais enganados, precisamos que o órgão regulamentador nos ajude, para que se houver crime a Energisa devolva todos esses anos aos consumidores. Porque tem algo muito esquisito aí", opinou Leite.
De acordo com ele, envolvendo cerca de 40 municípios de MS, após a contabilização dos assinantes o documento será enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a tomada de providências.