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OPERAÇÃO LUME

Com Queiroz de motorista, ex-PMs são presos suspeitos de executar Marielle

Ambos os suspeitos são PMs, um deles teria sido expulso do comando ao qual prestava serviços

Movimentação em frente à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro (RJ), durante a Operação Lume, deflagrada na manhã desta terça-feira (12). Foram presos o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, - Jose lucena/Futura Press/Folhapress

Os dois homens presos na manhã desta terça-feira (12), suspeitos de executar a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes prestam depoimento neste momento na Delegacia de Homicídios da capital (DH). O PM aposentado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos na madrugada de hoje depois de terem sido denunciados à Justiça. Os 34 mandados de busca e apreensão nos endereços dos acusados estão sendo concluídos.

Ronnie Lessa foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o autor dos 13 disparos que atingiram o carro onde estava a vereadora Marielle. Já Élcio Queiroz teria atuado como motorista do veículo onde estava Ronnie.

Carro onde estava Marielle no dia do crime.Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A execução ocorreu na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam Marielle, Anderson e uma assessora da parlamentar, que sobreviveu ao atentado, parou em um sinal no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I.

Às 11h, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e os delegados responsáveis pelo caso darão detalhes à imprensa, no Palácio Guanabara.

PERFIL

Ronnie Lessa foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.

Já Élcio Queiroz foi expulso da corporação. Ele chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).