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Ameaças de ataque

Escolas e polícia devem cooperar para evitar sobrecarga com ameaças de ataque

Especialista afirma que é preciso uma articulação entre justiça, segurança e assistência social

Depois do massacre em Suzano, as ameaças de ataques em escolas em Mato Grosso do Sul se tornaram cada vez mais comuns. Casos como este mobilizam agentes de segurança, como a Polícia Militar e a Guarda Municipal, e podem causar um desgaste. Em audiência pública nesta sexta-feira (26), a coordenadora de Psicologia Educacional da SED (Secretaria de Estado de Educação), Paola Nogueira Lopes, afirmou que o desgaste pode ser evitado com a colaboração das escolas com a segurança pública.

A coordenadora explica que a SED elabora manuais para dar suporte aos educadores. Segundo ela, a polícia pode ser chamada até a escola, mas outras alternativas também são um caminho, como procurar ajuda com assistência social e conselho tutelar.

“A educação tem que ser trabalhada na prevenção, precisamos nos unir. Chamamos os professores e demos as orientações. A segurança deve andar junto, mas o que acontecia é que ele [o diretor] estava apenas chamando a polícia e sobrecarregando os policiais”, comenta.

A especialista comenta que a Secretaria de Educação tenta fomentar a rede de atendimento, em colaboração com os profissionais da segurança. Ela afirma que é preciso uma articulação entre justiça, segurança e assistência social.

“A segurança faz parte, mas antes do julgamento, é preciso ter uma escuta empática. Quem dá problema são os [alunos] que mais precisam, é aquele que viu a mãe apanhar a vida inteira e traz esse comportamento para a escola, tumultua a sala. Você verifica questões sociais e culturais, a família precisa de ajuda”.