MS Notícias

DENÚNCIA

Caso dos 73 mortos supostamente por Covid-19 será investigado, diz PM

A informação de que havia um militar entre as vítimas foi negada pelos investigadores. Mas caso ainda será investigado

Segundo gerente, um dos corpos teria saído do Hospital Militar, no Bairro Santa Efigênia. PM desmentiu a informação - Reprodução da internet/Google Maps

Autoridades investigam a veracidade da denúncia que consta em um boletim de ocorrência que se espalhou pela internet nesta segunda-feira (23.março). E foi repercutido aqui no MS Notícias. As informações são do site Estado de Minas Gerais.  

No documento, cuja há a veracidade de registro, mas não de texto, foi confirmada pela Polícia Militar (PM), há o relato da "chegada de dezenas de corpos" em uma funerária do Bairro Nova Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte, em um curto intervalo de tempo.

Segundo as pessoas ouvidas pela PM, os mortos teriam diagnóstico de problemas respiratórios, o que chama a atenção para a pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus.

Porém, a Polícia Militar apurou que ao menos uma das informações relatadas no BO não é verdadeira. A Secretaria de Estado da Saúde afirmou não ter o registro de óbitos em Minas Gerais até o momento relacionados ao coronavírus. 

O registro em questão foi feito no domingo (22.março), próximo às 22h. A descrição no documento, relata denúncia anônima sobre a chegada de dezenas de corpos em uma funerária. As chegadas dos cadáveres, conforme o documento, estavam correlacionadas a registros de óbitos nas 48 horas anteriores a denúncia. Na ocasião, a maioria dos óbitos seria de pessoas diagnosticadas com sintomas da Covid-19. Além disso, os corpos estariam sendo analisados por estudantes de (*) tanatologia. 

Os policiais foram até o endereço, sendo recebidos pelo gerente. Consta no boletim de ocorrência que ele relatou uma quantidade elevada de corpos no local, acima da rotina, e que a maioria das declarações de óbito listava problemas respiratórios, como "insuficiência respiratória aguda" e pneumonia. O homem teria também conferido os documentos, cujos números são citados na ocorrência.

Os corpos, segundo ele, teriam vindo de municípios da Grande BH, da Região Central e também da capital, um deles, segundo o homem, de um paciente que estava no Hospital da Polícia Militar. Os estudantes citados na denúncia teriam sido liberados. 

Na manhã de hoje, segunda-feira (24.março), o major Flávio Santiago, porta voz da Polícia Militar de Minas Gerais, confirmou à imprensa que o boletim de ocorrência foi mesmo registrado por um policial, mas que ele não faz juízos de valor no texto. "Ele relata situações que são repassadas por um denunciante, e é claro e evidentemente que a Polícia Militar já tomou procedimentos, já encaminhou à polícia investigatória (Polícia Civil) para que isso seja melhor definido. Mas tem uma informação que já é extremamente importante: o caso relatado de uma pessoa falecida oriunda do Hospital Militar não é verídico", informou o militar.

"É importante que nós levemos essa informação a todos para não criar pânico desnecessário, inclusive com situações que estão em apuração", disse o major Santiago. "O mais importante é que essas informações estão sendo checadas, mas que já há o indício de informações inverídicas, como eu falei, e precisamos de muita cautela no repasse a essas informações", pontuou. 

Segundo o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado no domingo, Minas Gerais não tem mortes pela COVID-19.

Fonte: Estado de Minas Gerais.