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IRRESPONSABILIDADE

Prefeito é suspeito de participar de festa na casa de vítima da Covid-19 em MS

Prefeito de Anastácio, Nildo Alves (PSDB) teria quebrado o próprio decreto ao participar de aglomerações em festa

Reprodução/Divulgação

O prefeito do município, de Anastácio, Nildo Alves (PSDB), aparece em imagens divulgadas na rede social Facebook, em meio a aglomerações, em roda de cerveja, supostamente na casa do homem de 40 anos, que morreu com a covid-19, ontem, 4ª-feira (17.junho). Apesar de todo o apelo das autoridades e dos veículos de comunicação para que as pessoas fiquem em cada, muitos desrespeitaram as recomendações, inclusive, segundo os populares, o prefeito. A festa seria em comemoração ao aniversário da mãe do homem que veio a óbito. 

A denúncia contra o prefeito foi repercutida na página noticiosa de rede social “Diário Popular de Anastácio-MS”, com o título: “A Irresponsabilidade de um gestor”, a página pede responsabilidade do político, que teria participado da festa, onde segundo a página, o prefeito teve contato com dezenas de pessoas, inclusive, com o homem que morreu em decorrência de estar contaminado com o vírus.

Conforme atesta uma imagem abaixo do post, o prefeito estava sem máscara, cercado de pessoas em uma espécie de “roda de cerveja”, em meio à maior crise sanitária da história brasileira.

Mesmo órgãos, como a Organização Mundial da Saúde orientando, políticos por todo o país incentivam as pessoas a quebrarem regras de isolamento, bem como, são descrentes da existência do vírus. 

Publicação feita na tarde desta 5ª-feira, 18 de junho de 2020, na rede social Facebook. Foto: Reprodução de tela.  

“Tamanha irresponsabilidade tem exigido nas redes sociais um pronunciamento do gestor, que até o momento se mantem calado, diz o dito popular: quem cala consente”, provocou o texto publicado na página.

Em outra imagem o prefeito aparece sem máscara até mesmo em uma reunião da Secretaria Municipal de Educação (Semed), de Anastácio. Todos os presentes estão de máscara, menos o prefeito Nildo Alves.

Apenas o prefeito em pé, aparece sem estar usando a máscará de proteção em uma reunião com o funcionalismo público do município de Anastácio. Foto: Imagem retirada da página denunciante: "Diário Popular Anastácio-MS".

“É bom lembrar que temos um decreto municipal exigindo o uso de máscaras, evitar aglomeração, praticar o distanciamento social, esse decreto, foi assinado pelo prefeito Nildo Alves, mas o mesmo não cumpre”, alertou o morador de Anastácio. 

Devido a insistência de gestores e também populares ao não uso da máscara, nesta manhã foi anunciado secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, a determinação de que a partir da próxima 2ª-feira, (22.junho), o uso de máscaras faciais será obrigatório em todo o território de Mato Grosso do Sul. A atende o pedido do Centro de Operações Emergenciais (COE) da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que desenvolve estratégias de combate e controle do coronavírus.

Agora não será uma escolha do prefeito Nildo, usar ou não, mas ainda assim a população pede esclarecimentos, para saber se ele esteve ou não na festa na casa da vítima de Covid-19 de Anastácio.

“Anastácio merece respeito, o povo exige um comportamento ético de seus representantes tanto do legislativo como do executivo. Não é aceitável alguém tão irresponsável ficar sentado na cadeira do executivo. Esse é um lugar para quem tem respeito pelo próximo, e não alguém ganancioso que a todo custo quer ganhar uma eleição; inclusive colocando em risco a sua própria vida e a de munícipes. Prefeito Nildo, pessoas inocentes estão morrendo, não brinque com a vida alheia”, finalizou o texto cobrando posicionamento do gestor. 

A reportagem telefonou ao gabinete da prefeitura de Anastácio, que disse que iria transferir o telefonema para assessoria, mas desligou e não atendeu mais as ligações. O MS Notícias deixa aberto o espaço para futuros posicionamento do prefeito de Anastácio sobre a acusação de ele, uma pessoa pública, responsável por zelar da saúde dos que o elegeram estar em aglomerações e quebrar o decreto com sua assinatura.   

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