23 de abril de 2024
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"MORTE DE TODOS"

Os que se foram estão "na conta" dos que ficam, seja qual for a bandeira

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Hoje, MS já tem a nova Cepa do vírus com nome de cerveja. Momento muito sério para o Estado conhecido por sua beleza de fauna e flora, não por conta do vírus em si, que já se propaga há quase um ano por nossas terras, mas porquê o comportamento do campo-grandense e do sul-mato-grossense não mudou mesmo diante da morte de mais de 3.300 pais, mães, avôs, avós, empresários, trabalhadores, cantores, artistas, pessoas. 

No estado que pode - não com orgulho - ser chamado de "bolsonarista", o comportamento imprudente do bovino mitológico é reproduzido pelos gados robóticos daqui, que desfilam por aí em seus carros altos e de luxo. Lógico que do outro lado da balança há também o proletariado que igualmente descumpre recomendação e se acha "peito de aço" para enfrentar uma pandemia "no soco". Mas não são. Vários "players" jogam nesse jogo de "P.1" 

Na hora de falar, todos erguem suas bandeiras e falam contra o oposto, é "bolsonarista" apontando dedo na cara de "comuna" e os "de humanas" devolvendo dedada em "minion". Acontece que na hora de proteger o próximo e ficar em casa, ninguém fica. Sempre se acham no direito de ir aqui, ali, tirar a máscara rapidinho, ir ligeiro no mercado, "visitar meus tios e tias que não vejo há um ano". 

Quando se divide o solo, somos pátria, brasileiros. Isso deveria nos unir, apesar dos panos de bandeiras que nos separam 

"As desavenças não durariam muito se o erro fosse só de uma das partes."

-François de La Rochefoucauld